Correio de Carajás

Vereadores apontam “metralhadora” contra secretário de Tião Miranda

 

“Sessão de desabafo”, assim pode ser denominada a reunião ordinária da Câmara Municipal de Marabá dessa terça-feira (7), que teve duração de mais de duas horas. Na ocasião, alguns parlamentares destinaram suas reclamações a um só alvo: a gestão municipal. Mais especificamente, ao senhor Marcone Walvenarque Nunes Leite, secretário de Saúde do município.

Uma das falas mais inflamadas partiu da vereadora Irismar Araújo (PR), que condenou o modo como o secretário vem tratando os membros da Casa Legislativa. Ela lembrou que a verba de R$ 350 mil conseguida por ela, por meio de emendas impositivas, foi destinada exclusivamente à pasta de saúde do município para a compra de 100 cadeiras de rodas, dentre outras solicitações. “Fiz isso por entender que havia necessidade nessa área”, justificou.

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Porém, lamentou que não pôde acompanhar e fiscalizar o uso desse dinheiro, porque o secretário não informou à Câmara o que seria feito com ele. “Aí, já foram adquiridas [cadeiras de roda] e a vereadora autora da emenda não está sabendo. E eu vejo que a intenção dele [Marcone] é que eu não tenha o mérito”, exclamou, exigindo respeito.

Ela ainda não mediu palavras e disse que, em conversa com o prefeito Tião Miranda, chegou a declarar que o problema existente na gestão dele reside na Secretaria de Saúde. “Pela falta, na minha concepção, de competência do secretário para gerenciar e administrar as situações e os problemas da pasta. Porque não tem condições de a gente acreditar no que ele fala”, assegurou, dizendo ainda que não vai aceitar que o secretário haja desta forma.

Os vídeos da Sessão Ordinária da última semana, disponíveis no Facebook da Câmara, mostram que a vereadora Cristina Mutran (PMDB) também rasgou o verbo contra o secretário de Saúde, e foi a primeira a apontá-lo como incompetente para a função. Ela, que é médica, jogou a toalha e disse que não trata mais nada sobre a pasta com Marcone Leite, mas sim diretamente com o prefeito.

Para Ilker Moraes (PHS), a gestão do município precisa aceitar o papel fiscalizador do vereador no município. “O governo municipal precisa entender que nós temos que participar do diálogo. Independente de ser oposição ou não”.

Moraes ainda lembrou de uma situação ocorrida recentemente, que também envolve emendas parlamentares. “Uma das minhas emendas, só para citar como exemplo, era para aquisição de óleo diesel e manutenção de maquinário para recuperar algumas estradas na região do Patauá e Felicidade. Nunca foi dada nenhuma satisfação por parte da prefeitura, sobre essas emendas e que, por isso, mandei um ofício cobrando o governo.  Há 15 dias fui informado de que o serviço já tinha sido executado”, sorriu ironicamente.

Ilker questionou em que condições teria se dado a recuperação das estradas e o resultado do serviço. “No mínimo, eu tenho que ser informado, inclusive, porque eu sou o fiscal da prefeitura. E aí, conversando na comunidade com algumas pessoas que eu conheço por lá, me mandam foto, dizendo que fizeram um serviço que não resolveu o problema”, criticou.

Procurada pelo Correio de Carajás, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura disse que não vai se manifestar. “Porque a visão de alguns vereadores não representa a opinião de toda a Câmara Municipal”. (Nathália Viegas)

 

“Sessão de desabafo”, assim pode ser denominada a reunião ordinária da Câmara Municipal de Marabá dessa terça-feira (7), que teve duração de mais de duas horas. Na ocasião, alguns parlamentares destinaram suas reclamações a um só alvo: a gestão municipal. Mais especificamente, ao senhor Marcone Walvenarque Nunes Leite, secretário de Saúde do município.

Uma das falas mais inflamadas partiu da vereadora Irismar Araújo (PR), que condenou o modo como o secretário vem tratando os membros da Casa Legislativa. Ela lembrou que a verba de R$ 350 mil conseguida por ela, por meio de emendas impositivas, foi destinada exclusivamente à pasta de saúde do município para a compra de 100 cadeiras de rodas, dentre outras solicitações. “Fiz isso por entender que havia necessidade nessa área”, justificou.

Porém, lamentou que não pôde acompanhar e fiscalizar o uso desse dinheiro, porque o secretário não informou à Câmara o que seria feito com ele. “Aí, já foram adquiridas [cadeiras de roda] e a vereadora autora da emenda não está sabendo. E eu vejo que a intenção dele [Marcone] é que eu não tenha o mérito”, exclamou, exigindo respeito.

Ela ainda não mediu palavras e disse que, em conversa com o prefeito Tião Miranda, chegou a declarar que o problema existente na gestão dele reside na Secretaria de Saúde. “Pela falta, na minha concepção, de competência do secretário para gerenciar e administrar as situações e os problemas da pasta. Porque não tem condições de a gente acreditar no que ele fala”, assegurou, dizendo ainda que não vai aceitar que o secretário haja desta forma.

Os vídeos da Sessão Ordinária da última semana, disponíveis no Facebook da Câmara, mostram que a vereadora Cristina Mutran (PMDB) também rasgou o verbo contra o secretário de Saúde, e foi a primeira a apontá-lo como incompetente para a função. Ela, que é médica, jogou a toalha e disse que não trata mais nada sobre a pasta com Marcone Leite, mas sim diretamente com o prefeito.

Para Ilker Moraes (PHS), a gestão do município precisa aceitar o papel fiscalizador do vereador no município. “O governo municipal precisa entender que nós temos que participar do diálogo. Independente de ser oposição ou não”.

Moraes ainda lembrou de uma situação ocorrida recentemente, que também envolve emendas parlamentares. “Uma das minhas emendas, só para citar como exemplo, era para aquisição de óleo diesel e manutenção de maquinário para recuperar algumas estradas na região do Patauá e Felicidade. Nunca foi dada nenhuma satisfação por parte da prefeitura, sobre essas emendas e que, por isso, mandei um ofício cobrando o governo.  Há 15 dias fui informado de que o serviço já tinha sido executado”, sorriu ironicamente.

Ilker questionou em que condições teria se dado a recuperação das estradas e o resultado do serviço. “No mínimo, eu tenho que ser informado, inclusive, porque eu sou o fiscal da prefeitura. E aí, conversando na comunidade com algumas pessoas que eu conheço por lá, me mandam foto, dizendo que fizeram um serviço que não resolveu o problema”, criticou.

Procurada pelo Correio de Carajás, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura disse que não vai se manifestar. “Porque a visão de alguns vereadores não representa a opinião de toda a Câmara Municipal”. (Nathália Viegas)