Correio de Carajás

Reintegração de Posse: pecuaristas criticam adiamento

Resultado de uma audiência na Vara Agrária de Marabá, ocorrida na última segunda-feira (6), o adiamento da reintegração de posse de duas fazendas na região (Cedro e Santa Tereza) gerou críticas por parte dos pecuaristas paraenses. Entre eles a repercussão da nova decisão da Vara Agrária foi muito questionada. Para eles, o recuo do Judiciário cai como um prêmio a quem vem depredando e praticando outros crimes contra as propriedades e funcionários, já amplamente divulgados.

Em relação à Fazenda Cedro, onde está localizado o Acampamento Helenira Resende, ficou agendada uma reunião no próximo dia 23 entre o Incra e outros órgãos para definir acerca do local para onde as famílias serão levadas, entre outras políticas assistenciais. No tocante à Fazenda Santa Tereza, onde fica o Acampamento Hugo Chaves, o cumprimento da reintegração ocorrerá até o dia 13 de dezembro. Ambos os acampamentos são coordenados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Presidente da Associação dos Criadores do Pará (Acripará) e um dos diretores do Sindicato Rural de Marabá, o pecuarista Maurício Fraga lamentou a situação. “É uma dificuldade danada para o governo enviar a tropa especializada da PM para cumprir os mandados, e quando chega aqui o juiz volta atrás. Isso causa uma insegurança muito grande para o setor”, desabafa.

Leia mais:

Fraga diz, ainda, que toda a classe pecuária ficou indignada com essa notícia. “Os movimentos alegam que houve negociações pela área da Cedro e realmente os proprietários chegaram a abrir negociação com o governo, mas não foi para frente. Eles querem algo que o Incra não tem o poder de fazer, que seria desapropriar. Isso já faz tempo e o Incra nem tem condições de comprar essa área”.

Outro ponto abordado pelo presidente da Acripará é o alto custo de uma operação como esta promovida pelo Governo do Estado para enviar os mais de 100 homens do Comando de Missões Especiais a partir de Belém para dar suporte ao cumprimento das decisões da Vara Agrária. “É um alto custo essa movimentação de tropa para os cofres públicos. Os policiais vieram para isso e são reintegrações que já vinham sendo postergadas. Daí quando está tudo certo, você recua? Não dá pra entender”.

Uma comitiva de membros do Sindicato Rural de Marabá marcou para esta quinta-feira (9), logo mais às 13 horas, uma reunião no Fórum com o juiz José Amarildo Mazutti para falar sobre o ocorrido.

Por outro lado, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), outras áreas acompanhadas pela entidade continuam na lista do Comando de Missões Especiais (CME) para cumprimento, como Maria Bonita, em Eldorado do Carajás, e Pé do Morro, em Canaã dos Carajás. Esses casos deverão ser novamente discutidos entre o final deste mês de novembro e início de dezembro.

Saiba Mais

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) confirmou que houve deslocamento de Tropa Especializada do CME (mais de 110 homens), da Polícia Militar do Estado do Pará, com o intuito de efetivar o cumprimento de reintegração de posse em uma área no município de Marabá. A medida se deu a partir do pedido expedido pela Vara Agrária. Segundo a Assessoria de Comunicação da Segup, a ação ocorreu de forma pacífica e sem nenhuma anormalidade. A Segup informa ainda que o Incra é o órgão responsável em designar a área onde as famílias serão realocadas.

(Patrick Roberto e Chagas Filho)

 

Resultado de uma audiência na Vara Agrária de Marabá, ocorrida na última segunda-feira (6), o adiamento da reintegração de posse de duas fazendas na região (Cedro e Santa Tereza) gerou críticas por parte dos pecuaristas paraenses. Entre eles a repercussão da nova decisão da Vara Agrária foi muito questionada. Para eles, o recuo do Judiciário cai como um prêmio a quem vem depredando e praticando outros crimes contra as propriedades e funcionários, já amplamente divulgados.

Em relação à Fazenda Cedro, onde está localizado o Acampamento Helenira Resende, ficou agendada uma reunião no próximo dia 23 entre o Incra e outros órgãos para definir acerca do local para onde as famílias serão levadas, entre outras políticas assistenciais. No tocante à Fazenda Santa Tereza, onde fica o Acampamento Hugo Chaves, o cumprimento da reintegração ocorrerá até o dia 13 de dezembro. Ambos os acampamentos são coordenados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Presidente da Associação dos Criadores do Pará (Acripará) e um dos diretores do Sindicato Rural de Marabá, o pecuarista Maurício Fraga lamentou a situação. “É uma dificuldade danada para o governo enviar a tropa especializada da PM para cumprir os mandados, e quando chega aqui o juiz volta atrás. Isso causa uma insegurança muito grande para o setor”, desabafa.

Fraga diz, ainda, que toda a classe pecuária ficou indignada com essa notícia. “Os movimentos alegam que houve negociações pela área da Cedro e realmente os proprietários chegaram a abrir negociação com o governo, mas não foi para frente. Eles querem algo que o Incra não tem o poder de fazer, que seria desapropriar. Isso já faz tempo e o Incra nem tem condições de comprar essa área”.

Outro ponto abordado pelo presidente da Acripará é o alto custo de uma operação como esta promovida pelo Governo do Estado para enviar os mais de 100 homens do Comando de Missões Especiais a partir de Belém para dar suporte ao cumprimento das decisões da Vara Agrária. “É um alto custo essa movimentação de tropa para os cofres públicos. Os policiais vieram para isso e são reintegrações que já vinham sendo postergadas. Daí quando está tudo certo, você recua? Não dá pra entender”.

Uma comitiva de membros do Sindicato Rural de Marabá marcou para esta quinta-feira (9), logo mais às 13 horas, uma reunião no Fórum com o juiz José Amarildo Mazutti para falar sobre o ocorrido.

Por outro lado, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), outras áreas acompanhadas pela entidade continuam na lista do Comando de Missões Especiais (CME) para cumprimento, como Maria Bonita, em Eldorado do Carajás, e Pé do Morro, em Canaã dos Carajás. Esses casos deverão ser novamente discutidos entre o final deste mês de novembro e início de dezembro.

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A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) confirmou que houve deslocamento de Tropa Especializada do CME (mais de 110 homens), da Polícia Militar do Estado do Pará, com o intuito de efetivar o cumprimento de reintegração de posse em uma área no município de Marabá. A medida se deu a partir do pedido expedido pela Vara Agrária. Segundo a Assessoria de Comunicação da Segup, a ação ocorreu de forma pacífica e sem nenhuma anormalidade. A Segup informa ainda que o Incra é o órgão responsável em designar a área onde as famílias serão realocadas.

(Patrick Roberto e Chagas Filho)