Correio de Carajás

Procon estadual: Mais de 2 mil processos em 2017

O ano de 2017 foi marcado por milhares de denúncias registradas por consumidores no Procon Estadual, que funciona na Estação Cidadania, Shopping Pátio Marabá. Apenas no primeiro semestre do ano passado, foram feitos 1.193 atendimentos, enquanto no segundo esse número caiu para 1.325, totalizando em 2.518 pessoas assistidas. As empresas mais reclamadas são a concessionária de energia (Celpa) e operadoras de telefonia.

Conforme Miguel Costa, atendente geral no órgão, as denúncias registradas dão conta, em sua maioria, de cobranças abusivas e atendimento insatisfatório das empresas de assistência técnica. Ele lembra que a instituição serve ao consumidor que se sente prejudicado. “O Procon tem a finalidade de cuidar para que os direitos do consumidor não sejam lesados”, confirma, alertando ainda que o comerciante que respeita o cliente, logicamente protege o próprio negócio e a lucratividade.

No entanto, observa que nem sempre as reclamações são procedentes. “Existem pessoas que procuram o órgão, mesmo sem ter direito a fazer a denúncia. São casos que até nem chegam a caracterizar uma reclamação, coisas que não tem sentido o cidadão questionar”. No último ano, foram feitas 112 audiências de conciliação entre usuários e empresas demandadas, sendo que apenas 25 desses casos não foram convertidos em acordo. “Todos os casos não conciliados viram causas judiciais e os consumidores são enviados ao juizado especial”, informa.

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Para dar agilidade às demandas do Procon, Costa explica que existem dias para fazer as reclamações: às segundas, terças e quartas-feiras. Nas quintas-feiras é dia de retorno dos usuários e nas sextas são feitas as audiências. A maior demanda do órgão são os atendimentos à população de Marabá. No entanto, são recebidas demandas de outros municípios da região, como Novo Repartimento, São Félix do Xingu, Eldorado dos Carajás, Itupiranga, Bom Jesus do Tocantins, Dom Eliseu, Abel Figueiredo, Palestina do Pará, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, Nova Ipixuna. E até de outros estados, como o Tocantins.

Segundo ele, uma média de 20 pessoas são atendidas por dia na instituição, por meio de senha, e a maioria das demandas são resolvidas dentro de 30 dias. Para registrar qualquer reclamação junto ao órgão é necessário apresentar documentos pessoais e um documento que vincule a empresa denunciada à reclamação – nota fiscal, conta de luz ou um recibo.

Reclamantes

Gilson dos Santos comprou um celular no próprio shopping e depois de três dias de uso, o aparelho apresentou problemas. “Tem o prazo de sete dias para trocar, certo? Mas como eu não trouxe a caixa dele [aparelho], a gerente disse que não troca o celular por outro e que se eu quiser que arrume, tenho que mandar para a assistência [técnica]”, relatou. Como não teve o problema solucionado e sentiu-se prejudicado, ele buscou o Procon estadual para que a empresa em que comprou o aparelho seja responsabilizada.

Já Nilson Alves Duarte, de Morada Nova, buscou o órgão para denunciar a concessionária de energia que, segundo ele, cobrou indevidamente uma conta. “Foi ligada a energia onde moro e lá já tinha uma conta antiga. E sem eu usar a energia, chegou um talão de R$2.347. A conta anterior era da pessoa que morava no local antes, está em nome dele, mas fui cobrado”, revela. O usuário ficou mais indignado com a situação, pelo fato de ter sido impedido de fazer uma compra, já que empresa negativou o CPF dele.

Outro reclamante, Raimundo Macedo, morador do Bairro Araguaia, disse à reportagem que comprou um gerador em um estabelecimento de eletrodomésticos usados, porém o produto não funcionou. “Eu reclamei, o proprietário disse que mandou o gerador para a revisão, mas não me devolveu o equipamento e está colocando dificuldades para resolver o problema”. Ele acrescentou ainda que chegou a gastar R$3 mil no produto e que o comerciante chegou a pedir que ele pagasse até a revisão do gerador, que foi vendido como se estivesse funcionando.

A Celpa informa que tem participado de várias feiras de conciliação a fim de tratar e resolver as demandas de seus clientes. A concessionária orienta ainda que as reclamações devem ser realizadas em um de seus canais de atendimento, por meio do 0800 091 0196, por meio do site (www.celpa.com.br), ou presencialmente nas agências de atendimento.

(Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)

 

O ano de 2017 foi marcado por milhares de denúncias registradas por consumidores no Procon Estadual, que funciona na Estação Cidadania, Shopping Pátio Marabá. Apenas no primeiro semestre do ano passado, foram feitos 1.193 atendimentos, enquanto no segundo esse número caiu para 1.325, totalizando em 2.518 pessoas assistidas. As empresas mais reclamadas são a concessionária de energia (Celpa) e operadoras de telefonia.

Conforme Miguel Costa, atendente geral no órgão, as denúncias registradas dão conta, em sua maioria, de cobranças abusivas e atendimento insatisfatório das empresas de assistência técnica. Ele lembra que a instituição serve ao consumidor que se sente prejudicado. “O Procon tem a finalidade de cuidar para que os direitos do consumidor não sejam lesados”, confirma, alertando ainda que o comerciante que respeita o cliente, logicamente protege o próprio negócio e a lucratividade.

No entanto, observa que nem sempre as reclamações são procedentes. “Existem pessoas que procuram o órgão, mesmo sem ter direito a fazer a denúncia. São casos que até nem chegam a caracterizar uma reclamação, coisas que não tem sentido o cidadão questionar”. No último ano, foram feitas 112 audiências de conciliação entre usuários e empresas demandadas, sendo que apenas 25 desses casos não foram convertidos em acordo. “Todos os casos não conciliados viram causas judiciais e os consumidores são enviados ao juizado especial”, informa.

Para dar agilidade às demandas do Procon, Costa explica que existem dias para fazer as reclamações: às segundas, terças e quartas-feiras. Nas quintas-feiras é dia de retorno dos usuários e nas sextas são feitas as audiências. A maior demanda do órgão são os atendimentos à população de Marabá. No entanto, são recebidas demandas de outros municípios da região, como Novo Repartimento, São Félix do Xingu, Eldorado dos Carajás, Itupiranga, Bom Jesus do Tocantins, Dom Eliseu, Abel Figueiredo, Palestina do Pará, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, Nova Ipixuna. E até de outros estados, como o Tocantins.

Segundo ele, uma média de 20 pessoas são atendidas por dia na instituição, por meio de senha, e a maioria das demandas são resolvidas dentro de 30 dias. Para registrar qualquer reclamação junto ao órgão é necessário apresentar documentos pessoais e um documento que vincule a empresa denunciada à reclamação – nota fiscal, conta de luz ou um recibo.

Reclamantes

Gilson dos Santos comprou um celular no próprio shopping e depois de três dias de uso, o aparelho apresentou problemas. “Tem o prazo de sete dias para trocar, certo? Mas como eu não trouxe a caixa dele [aparelho], a gerente disse que não troca o celular por outro e que se eu quiser que arrume, tenho que mandar para a assistência [técnica]”, relatou. Como não teve o problema solucionado e sentiu-se prejudicado, ele buscou o Procon estadual para que a empresa em que comprou o aparelho seja responsabilizada.

Já Nilson Alves Duarte, de Morada Nova, buscou o órgão para denunciar a concessionária de energia que, segundo ele, cobrou indevidamente uma conta. “Foi ligada a energia onde moro e lá já tinha uma conta antiga. E sem eu usar a energia, chegou um talão de R$2.347. A conta anterior era da pessoa que morava no local antes, está em nome dele, mas fui cobrado”, revela. O usuário ficou mais indignado com a situação, pelo fato de ter sido impedido de fazer uma compra, já que empresa negativou o CPF dele.

Outro reclamante, Raimundo Macedo, morador do Bairro Araguaia, disse à reportagem que comprou um gerador em um estabelecimento de eletrodomésticos usados, porém o produto não funcionou. “Eu reclamei, o proprietário disse que mandou o gerador para a revisão, mas não me devolveu o equipamento e está colocando dificuldades para resolver o problema”. Ele acrescentou ainda que chegou a gastar R$3 mil no produto e que o comerciante chegou a pedir que ele pagasse até a revisão do gerador, que foi vendido como se estivesse funcionando.

A Celpa informa que tem participado de várias feiras de conciliação a fim de tratar e resolver as demandas de seus clientes. A concessionária orienta ainda que as reclamações devem ser realizadas em um de seus canais de atendimento, por meio do 0800 091 0196, por meio do site (www.celpa.com.br), ou presencialmente nas agências de atendimento.

(Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)