Correio de Carajás

Na lama e molhados, desabrigados seguem revoltados

A Avenida Antônio Maia, no centro da Marabá Pioneira, foi desbloqueada no meio desta manhã pelas vítimas da enchente que estão alojados em um abrigo improvisado pela Prefeitura Municipal de Marabá às margens da pista, na entrada do núcleo. Logo cedo eles voltaram a obstruir a via, que já havia sido palco de protesto na noite de ontem, em decorrência da forte chuva que caiu naquele período em Marabá.

Os manifestantes alegam que as barracas montadas às pressas para os desabrigados não são o suficiente para suportar a intempérie e, na primeira pancada mais forte, voltaram a ficar molhados e a perder objetos. Além disso, estão vivendo em meio à lama na área do abrigo. Às 10 horas, após reunião com o prefeito Sebastião Miranda, ocorreu a desobstrução para que caminhões da Defesa Civil e do Exército Brasileiro possam passar com material voltado a reforçar as construções. Uma carrada de pedra brita já está sendo espalhada para minimizar o lamaçal.

Conforme um dos abrigados, José Geraldo de Sousa, eles estão “no meio tempo” e amargam cada vez mais prejuízos. “O pouco que a gente tinha se acabou. Com a chuva dessa noite foi o fim da picada, ninguém dormiu, está todo mundo molhado. Estamos reivindicando por abrigo e melhoria nessa parte, hoje que vieram colocar escória aqui porque fomos conversar com o prefeito”, diz.

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Segundo ele, é necessária a construção de um barracão para que o material das famílias seja armazenado com mais segurança. “Eles só falam que não estavam esperando pela enchente. Fomos lá (prefeitura) agora de manhã, fomos pedir pra arrumar isso aqui porque estamos a Deus dará. Paramos agora com a manifestação para os caminhões virem”, acrescentou. Ele é morador da Rua São Pedro e diz que apenas a sua família soma nove pessoas, dentre elas, três crianças.

ENCHENTE

Na noite de ontem, mesmo embaixo de chuva, as famílias iniciaram o protesto, ateando fogo em pneus e pedaços de madeira, após verem móveis e colchões encharcados embaixo das lonas armadas pela Defesa Civil. Durante a tarde, a Prefeitura Municipal de Marabá havia decretado Situação de Emergência. Mais de 300 famílias já seguiram para os abrigos em decorrência da cheia do Rio Tocantins, considerada a maior dos últimos quatro anos. Conforme a Defesa Civil, mais de 700 pessoas já foram atingidas.

Até o momento, a cheia atinge moradores os bairros Santa Rosa, Santa Rita, Vila Canaã, Folha 33, Belo Horizonte, Bairro da Paz, Carajás, São Félix, Independência, São Miguel da Conquista e Liberdade. Os desalojados estão sendo levados para três abrigos provisórios na entrada da Velha Marabá, na Acrob (antiga Rio Importados), localizada na Avenida Getúlio Vargas, e no ginásio em frente à Obra Kolping, na Cidade Nova. O abrigo da Folha 16 ainda não está ativado.

A previsão é de que o Rio Tocantins continue subindo. A expetativa para hoje, segundo o Climatempo, é que ainda chova 13 mm em Marabá. O dia é de sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de nublado, podendo chover a qualquer hora. Para amanhã, as notícias não são mais animadoras e há previsão de chover 33 mm.

POSICIONAMENTO

Em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá, esta informou que a Situação de Emergência decretada ontem possibilitou a aceleração do processo de montagem dos abrigos que vão acolher as famílias que estão desalojadas.

“Ainda hoje, equipes da Secretaria de Obras, Urbanismo, Assistência Social e Saúde estarão fazendo um mutirão mais intenso para colocação de iluminação, terraplanagem do terreno com a colocação de seixos no caso da “feirinha” da velha Marabá, instalação de banheiros químicos e cobertura com telhas tanto dos galpões como também dos novos abrigos que serão construídos”, diz a nota.

Acrescenta que os representantes das famílias estiveram o prefeito e foi confirma que esses serviços terão início ainda hoje. Às 17 horas, o prefeito, junto com toda a equipe, deve fazer uma visita aos locais para verificar de perto cada situação pontual. Por fim, a Ascom afirma que equipes da Saúde estarão nos locais e a Assistência Social foi autorizada a fazer a distribuição de cesta básica às pessoas desalojadas. (Luciana Marschall, com informações de Evangelista Rocha)

 

A Avenida Antônio Maia, no centro da Marabá Pioneira, foi desbloqueada no meio desta manhã pelas vítimas da enchente que estão alojados em um abrigo improvisado pela Prefeitura Municipal de Marabá às margens da pista, na entrada do núcleo. Logo cedo eles voltaram a obstruir a via, que já havia sido palco de protesto na noite de ontem, em decorrência da forte chuva que caiu naquele período em Marabá.

Os manifestantes alegam que as barracas montadas às pressas para os desabrigados não são o suficiente para suportar a intempérie e, na primeira pancada mais forte, voltaram a ficar molhados e a perder objetos. Além disso, estão vivendo em meio à lama na área do abrigo. Às 10 horas, após reunião com o prefeito Sebastião Miranda, ocorreu a desobstrução para que caminhões da Defesa Civil e do Exército Brasileiro possam passar com material voltado a reforçar as construções. Uma carrada de pedra brita já está sendo espalhada para minimizar o lamaçal.

Conforme um dos abrigados, José Geraldo de Sousa, eles estão “no meio tempo” e amargam cada vez mais prejuízos. “O pouco que a gente tinha se acabou. Com a chuva dessa noite foi o fim da picada, ninguém dormiu, está todo mundo molhado. Estamos reivindicando por abrigo e melhoria nessa parte, hoje que vieram colocar escória aqui porque fomos conversar com o prefeito”, diz.

Segundo ele, é necessária a construção de um barracão para que o material das famílias seja armazenado com mais segurança. “Eles só falam que não estavam esperando pela enchente. Fomos lá (prefeitura) agora de manhã, fomos pedir pra arrumar isso aqui porque estamos a Deus dará. Paramos agora com a manifestação para os caminhões virem”, acrescentou. Ele é morador da Rua São Pedro e diz que apenas a sua família soma nove pessoas, dentre elas, três crianças.

ENCHENTE

Na noite de ontem, mesmo embaixo de chuva, as famílias iniciaram o protesto, ateando fogo em pneus e pedaços de madeira, após verem móveis e colchões encharcados embaixo das lonas armadas pela Defesa Civil. Durante a tarde, a Prefeitura Municipal de Marabá havia decretado Situação de Emergência. Mais de 300 famílias já seguiram para os abrigos em decorrência da cheia do Rio Tocantins, considerada a maior dos últimos quatro anos. Conforme a Defesa Civil, mais de 700 pessoas já foram atingidas.

Até o momento, a cheia atinge moradores os bairros Santa Rosa, Santa Rita, Vila Canaã, Folha 33, Belo Horizonte, Bairro da Paz, Carajás, São Félix, Independência, São Miguel da Conquista e Liberdade. Os desalojados estão sendo levados para três abrigos provisórios na entrada da Velha Marabá, na Acrob (antiga Rio Importados), localizada na Avenida Getúlio Vargas, e no ginásio em frente à Obra Kolping, na Cidade Nova. O abrigo da Folha 16 ainda não está ativado.

A previsão é de que o Rio Tocantins continue subindo. A expetativa para hoje, segundo o Climatempo, é que ainda chova 13 mm em Marabá. O dia é de sol com muitas nuvens durante o dia e períodos de nublado, podendo chover a qualquer hora. Para amanhã, as notícias não são mais animadoras e há previsão de chover 33 mm.

POSICIONAMENTO

Em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá, esta informou que a Situação de Emergência decretada ontem possibilitou a aceleração do processo de montagem dos abrigos que vão acolher as famílias que estão desalojadas.

“Ainda hoje, equipes da Secretaria de Obras, Urbanismo, Assistência Social e Saúde estarão fazendo um mutirão mais intenso para colocação de iluminação, terraplanagem do terreno com a colocação de seixos no caso da “feirinha” da velha Marabá, instalação de banheiros químicos e cobertura com telhas tanto dos galpões como também dos novos abrigos que serão construídos”, diz a nota.

Acrescenta que os representantes das famílias estiveram o prefeito e foi confirma que esses serviços terão início ainda hoje. Às 17 horas, o prefeito, junto com toda a equipe, deve fazer uma visita aos locais para verificar de perto cada situação pontual. Por fim, a Ascom afirma que equipes da Saúde estarão nos locais e a Assistência Social foi autorizada a fazer a distribuição de cesta básica às pessoas desalojadas. (Luciana Marschall, com informações de Evangelista Rocha)