Correio de Carajás

Meteorito cai próximo de escola em Serra Pelada e deixa comunidade alarmada

Em entrevista exclusiva a veículos de comunicação do Grupo Correio, o geólogo Marcílio Cardoso Rocha, 28, revelou que um meteorito caiu na vila de Serra Pelada, município de Curionópolis, no dia 29 de junho último, mesma data em que uma notícia se espalhou pelas redes sociais dando conta que um avião teria caído às proximidades da Vila das Bananas, zona rural de Marabá.

Marcílio observa que a coincidência de data e horário, exatamente às 10h30, entre a falsa queda do avião e a real queda do meteorito apontam para uma confusão por parte de quem espalhou a especulação em redes sociais. “Esse barulho foi ouvido na região, não apenas em Serra Pelada. A rocha foi encontrada a três metros de uma escola pública e de uma residência. Na mesma hora as pessoas correram para lá: alunos, crianças, professores e vigias”, relata.

Eles encontraram a rocha afundada a cerca de 15 centímetros da superfície. O meteorito apresentava uma parte escura por fora, clara por dentro e, segundo o geólogo, ela se fragmentou em alguns pedaços e a parte encontrada tinha cerca de 20 centímetros de comprimento por 15 de largura. “A gente tem uma ideia de velocidade. Geralmente os meteoritos adentram na atmosfera e a variação é entre 11 a 70 quilômetros por segundo.

Leia mais:

Barulho

Segundo Marcílio, o barulho foi seguido por alguns estrondos, algumas explosões no ar, porque a rocha desce se fragmentando, e a cada vez que se quebra ocorre um estourou no ar. Ao todo, segundo os moradores, foram ouvidos de 4 a 5 estrondos no ar antes de a rocha cair em Serra Pelada.

Comunidade assustada

Ainda de acordo com ele, na vila de Serra Pelada, todo mundo, de início, ficou assustado, porque o barulho foi alto e o assunto até hoje é tema de rodas de conversas. Natural de Serra Pelada, o geólogo Marcílio Rocha iniciou seu curso de graduação na Unifesspa, em Marabá, com período de intercâmbio no Canadá durante dois anos, tendo estudado as características de meteoritos naquele país.

“Os moradores me procuraram e pediram para que eu olhasse a amostra. Nasci em Serra Pelada e todo mundo me conhece, e realmente se trata de meteorito do tipo rochoso. Já outros metálicos, do tipo misto. Conversei com colegas geólogos que conhecem bastante sobre meteoritos e todos confirmaram a originalidade desta rocha”, diz.

Valor científico

De acordo com Marcílio, o meteorito tem valor, principalmente cientifico, porque a composição do universo lá fora. “A gente não tem acesso ao interior da Terra hoje, no núcleo de nosso planeta, e não há como coletar amostra. Então, esse meteorito aqui, indica aos cientistas qual a composição do nosso planeta e ainda da composição do universo em si. Em questão de mercado, geralmente as universidades e colecionadores compram. O valor varia do tipo de meteorito. Ele pode valer de até algumas centenas até milhões de reais”. 

Ele cita que a Universidade de São Paulo (USP), o Museu Nacional do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outras instituições, estão estudando mais detidamente a composição química dos meteoritos que caem no País, avaliando principalmente a datação dessas rochas para saber que idade elas têm.

O pedaço que ganhou dos moradores, Marcílio pretende enviar para análise no Instituto de Geociências da USP para confirmar o tipo, além de catalogar e encaminhar os dados para a Sociedade Meteriorítica Internacional, onde será batizado, provavelmente com o nome ‘Meteorito Serra Pelada’. “Esse meteorito tem valor muito maior ainda pelo fato de sua queda ter sido ‘testemunhada, ou seja, visto cair.

Serra Pelada

Como filho da terra, o geólogo acredita que ainda há muito ouro em Serra Pelada, mas a profundidade não permite mais a cava manual, como na década de 1980. “Muitas empresas tentaram retirar, mas houve muitas polêmicas e conflitos. Meu pai era garimpeiro também e meu trabalho de TCC foi sobre o ouro de Serra Pelada, usando testemunha de sondagem. O que eu puder ajudar de Serra Pelada, divulgar a importância cientifica de lá eu contribuo”, diz.

Testemunho

Outra moradora de Serra Pelada, Luziane Vera de Melo, em sua página no Facebook, confirma que era por volta de 10h45 quando um estrondo foi ouvido e um objeto vindo do céu caiu na vila, causando apreensão na comunidade. “A pedra foi quebrada em vários pedaços, mas na hora ninguém tinha celular para tirar foto”, diz.

SAIBA MAIS

Um meteorito é a denominação dada quando um meteoroide, formado por fragmentos de asteroides ou cometas ou ainda restos de planetas desintegrados, que podem variar de tamanho desde simples poeira a corpos celestes com quilômetros de diâmetro, alcança a superfície da Terra, podendo ser um aerólito (rochoso), siderito (metálico) ou siderólito (metálico-rochoso). (Ulisses Pompeu)

Em entrevista exclusiva a veículos de comunicação do Grupo Correio, o geólogo Marcílio Cardoso Rocha, 28, revelou que um meteorito caiu na vila de Serra Pelada, município de Curionópolis, no dia 29 de junho último, mesma data em que uma notícia se espalhou pelas redes sociais dando conta que um avião teria caído às proximidades da Vila das Bananas, zona rural de Marabá.

Marcílio observa que a coincidência de data e horário, exatamente às 10h30, entre a falsa queda do avião e a real queda do meteorito apontam para uma confusão por parte de quem espalhou a especulação em redes sociais. “Esse barulho foi ouvido na região, não apenas em Serra Pelada. A rocha foi encontrada a três metros de uma escola pública e de uma residência. Na mesma hora as pessoas correram para lá: alunos, crianças, professores e vigias”, relata.

Eles encontraram a rocha afundada a cerca de 15 centímetros da superfície. O meteorito apresentava uma parte escura por fora, clara por dentro e, segundo o geólogo, ela se fragmentou em alguns pedaços e a parte encontrada tinha cerca de 20 centímetros de comprimento por 15 de largura. “A gente tem uma ideia de velocidade. Geralmente os meteoritos adentram na atmosfera e a variação é entre 11 a 70 quilômetros por segundo.

Barulho

Segundo Marcílio, o barulho foi seguido por alguns estrondos, algumas explosões no ar, porque a rocha desce se fragmentando, e a cada vez que se quebra ocorre um estourou no ar. Ao todo, segundo os moradores, foram ouvidos de 4 a 5 estrondos no ar antes de a rocha cair em Serra Pelada.

Comunidade assustada

Ainda de acordo com ele, na vila de Serra Pelada, todo mundo, de início, ficou assustado, porque o barulho foi alto e o assunto até hoje é tema de rodas de conversas. Natural de Serra Pelada, o geólogo Marcílio Rocha iniciou seu curso de graduação na Unifesspa, em Marabá, com período de intercâmbio no Canadá durante dois anos, tendo estudado as características de meteoritos naquele país.

“Os moradores me procuraram e pediram para que eu olhasse a amostra. Nasci em Serra Pelada e todo mundo me conhece, e realmente se trata de meteorito do tipo rochoso. Já outros metálicos, do tipo misto. Conversei com colegas geólogos que conhecem bastante sobre meteoritos e todos confirmaram a originalidade desta rocha”, diz.

Valor científico

De acordo com Marcílio, o meteorito tem valor, principalmente cientifico, porque a composição do universo lá fora. “A gente não tem acesso ao interior da Terra hoje, no núcleo de nosso planeta, e não há como coletar amostra. Então, esse meteorito aqui, indica aos cientistas qual a composição do nosso planeta e ainda da composição do universo em si. Em questão de mercado, geralmente as universidades e colecionadores compram. O valor varia do tipo de meteorito. Ele pode valer de até algumas centenas até milhões de reais”. 

Ele cita que a Universidade de São Paulo (USP), o Museu Nacional do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outras instituições, estão estudando mais detidamente a composição química dos meteoritos que caem no País, avaliando principalmente a datação dessas rochas para saber que idade elas têm.

O pedaço que ganhou dos moradores, Marcílio pretende enviar para análise no Instituto de Geociências da USP para confirmar o tipo, além de catalogar e encaminhar os dados para a Sociedade Meteriorítica Internacional, onde será batizado, provavelmente com o nome ‘Meteorito Serra Pelada’. “Esse meteorito tem valor muito maior ainda pelo fato de sua queda ter sido ‘testemunhada, ou seja, visto cair.

Serra Pelada

Como filho da terra, o geólogo acredita que ainda há muito ouro em Serra Pelada, mas a profundidade não permite mais a cava manual, como na década de 1980. “Muitas empresas tentaram retirar, mas houve muitas polêmicas e conflitos. Meu pai era garimpeiro também e meu trabalho de TCC foi sobre o ouro de Serra Pelada, usando testemunha de sondagem. O que eu puder ajudar de Serra Pelada, divulgar a importância cientifica de lá eu contribuo”, diz.

Testemunho

Outra moradora de Serra Pelada, Luziane Vera de Melo, em sua página no Facebook, confirma que era por volta de 10h45 quando um estrondo foi ouvido e um objeto vindo do céu caiu na vila, causando apreensão na comunidade. “A pedra foi quebrada em vários pedaços, mas na hora ninguém tinha celular para tirar foto”, diz.

SAIBA MAIS

Um meteorito é a denominação dada quando um meteoroide, formado por fragmentos de asteroides ou cometas ou ainda restos de planetas desintegrados, que podem variar de tamanho desde simples poeira a corpos celestes com quilômetros de diâmetro, alcança a superfície da Terra, podendo ser um aerólito (rochoso), siderito (metálico) ou siderólito (metálico-rochoso). (Ulisses Pompeu)