Correio de Carajás

Menor diz que matou porque ex-vice-prefeito tentou estuprá-la

Em coletiva realizada nesta sexta-feira (8), a delegada Raissa Beleboni, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de Marabá, revelou detalhes sobre a morte de Adão Lima de Jesus, de 71 anos, ex-vice-prefeito de Nova Ipixuna. Ele foi encontrado morto dentro de casa na última quarta-feira (6), e uma menor assumiu a autoria do ato infracional equiparado ao crime homicídio.

Segundo a delegada, só foi possível identificar a adolescente, devido a câmeras de monitoramento instaladas no imóvel comercial, que fica embaixo da casa de Adãozinho. “Através da análise dessas imagens, já no local do crime, foi possível perceber a movimentação de uma moça, naquele momento não identificada. Sendo possível visualizar suas características físicas”.

Ela detalhou que, a partir dessas características e de relatos de populares, que relataram ter visto Adão em vários pontos comerciais da cidade acompanhado da jovem, foram realizadas diligências para a identificação da menor. Raissa contou que a polícia chegou a obter informações sobre dois possíveis endereços da adolescente na cidade de Nova Ipixuna e que foram até os locais para tentar encontra-la, porém sem sucesso.

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“A menor não foi encontrada, nem mesmo seus familiares, sendo obtidas as informações de que ela não residia na área urbana, mas na zona rural”. Beleboni disse também que quando os policiais conseguiram identificar a residência da adolescente e abordá-la, ela acabou confessando o crime. Porém, alegou legítima defesa.

“Segundo a adolescente, ela teria sido ameaçada por Adão com uma arma de fogo para que mantivesse relações sexuais com ele. Mas conseguiu, em um momento de distração da vítima, se apoderar do armamento e efetuar um único disparo de arma de fogo”, confirmou. A jovem também informou onde tinha descartado a arma usada durante o ato, que posteriormente foi apreendida pela polícia.

Conforme informações obtidas pela Polícia Civil, os pais da menor trabalharam para Adão anos atrás e ela o conhecia desde criança. A jovem informou também, na delegacia, que estava dormindo na casa da vítima pela terceira noite seguida, já que o idoso morava sozinho.

“Segundo a adolescente, ela chegou a Nova Ipixuna na segunda-feira, dia 4, por volta de 15 horas, e ficou na casa da vítima até a madrugada do dia 6, quando ocorreu o disparo. Conforme ela, aquela foi a primeira noite em que Adão demonstrou ter interesses sexuais por ela”, disse a delegada, acrescentando que depois do crime a jovem deixou a cidade de Nova Ipixuna e disse não ter comentado sobre o crime com ninguém.

Perícia

Após ter acesso ao resultado da perícia, que constatou que Adãozinho estava deitado na hora do disparo e que o tiro foi efetuado próximo a orelha, a delegada Raissa declarou que o Departamento de Homicídios entende que a versão da menor “não merece ser vista como verdadeira”. “Mas ela já foi apresentada ao Ministério Público com o procedimento de apreensão, para que o promotor faça as análises e entenda se é um caso de internação ou não”.

Por fim, Beleboni declarou que a polícia civil continuará investigando o caso, mas que não há indícios da participação de terceiros no caso. (Nathália Viegas com informações de Evangelista Rocha)

 

Em coletiva realizada nesta sexta-feira (8), a delegada Raissa Beleboni, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de Marabá, revelou detalhes sobre a morte de Adão Lima de Jesus, de 71 anos, ex-vice-prefeito de Nova Ipixuna. Ele foi encontrado morto dentro de casa na última quarta-feira (6), e uma menor assumiu a autoria do ato infracional equiparado ao crime homicídio.

Segundo a delegada, só foi possível identificar a adolescente, devido a câmeras de monitoramento instaladas no imóvel comercial, que fica embaixo da casa de Adãozinho. “Através da análise dessas imagens, já no local do crime, foi possível perceber a movimentação de uma moça, naquele momento não identificada. Sendo possível visualizar suas características físicas”.

Ela detalhou que, a partir dessas características e de relatos de populares, que relataram ter visto Adão em vários pontos comerciais da cidade acompanhado da jovem, foram realizadas diligências para a identificação da menor. Raissa contou que a polícia chegou a obter informações sobre dois possíveis endereços da adolescente na cidade de Nova Ipixuna e que foram até os locais para tentar encontra-la, porém sem sucesso.

“A menor não foi encontrada, nem mesmo seus familiares, sendo obtidas as informações de que ela não residia na área urbana, mas na zona rural”. Beleboni disse também que quando os policiais conseguiram identificar a residência da adolescente e abordá-la, ela acabou confessando o crime. Porém, alegou legítima defesa.

“Segundo a adolescente, ela teria sido ameaçada por Adão com uma arma de fogo para que mantivesse relações sexuais com ele. Mas conseguiu, em um momento de distração da vítima, se apoderar do armamento e efetuar um único disparo de arma de fogo”, confirmou. A jovem também informou onde tinha descartado a arma usada durante o ato, que posteriormente foi apreendida pela polícia.

Conforme informações obtidas pela Polícia Civil, os pais da menor trabalharam para Adão anos atrás e ela o conhecia desde criança. A jovem informou também, na delegacia, que estava dormindo na casa da vítima pela terceira noite seguida, já que o idoso morava sozinho.

“Segundo a adolescente, ela chegou a Nova Ipixuna na segunda-feira, dia 4, por volta de 15 horas, e ficou na casa da vítima até a madrugada do dia 6, quando ocorreu o disparo. Conforme ela, aquela foi a primeira noite em que Adão demonstrou ter interesses sexuais por ela”, disse a delegada, acrescentando que depois do crime a jovem deixou a cidade de Nova Ipixuna e disse não ter comentado sobre o crime com ninguém.

Perícia

Após ter acesso ao resultado da perícia, que constatou que Adãozinho estava deitado na hora do disparo e que o tiro foi efetuado próximo a orelha, a delegada Raissa declarou que o Departamento de Homicídios entende que a versão da menor “não merece ser vista como verdadeira”. “Mas ela já foi apresentada ao Ministério Público com o procedimento de apreensão, para que o promotor faça as análises e entenda se é um caso de internação ou não”.

Por fim, Beleboni declarou que a polícia civil continuará investigando o caso, mas que não há indícios da participação de terceiros no caso. (Nathália Viegas com informações de Evangelista Rocha)