Correio de Carajás

Funai segue ocupada e não há previsão de solução

Passados seis dias, indígenas de diferentes etnias mantêm a ocupação à sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) – Coordenação Regional do Baixo Tocantins, em Marabá, em protesto contra a falta de coordenação local, que amanhã completa 11 meses. Até o momento, o presidente nacional do órgão, general do Exército Franklimberg Ribeiro de Freitas, não solucionou a questão, tampouco se posicionou sobre uma data para se reunir com os manifestantes.

As lideranças Xikrin decidiram realizar uma reunião nesta quinta-feira (1º) envolvendo as 11 etnias jurisdicionadas à coordenação regional para deliberação de encaminhamentos acerca da questão, podendo, inclusive, estabelecerem ações mais incisivas. A ocupação foi iniciada na manhã do último dia 25 (quinta).

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Em decorrência dos grandes cortes no orçamento da Funai, realizados no ano passado pelo presidente Michel Temer, em todo o país funcionários contratados pelo órgão foram exonerados. O coordenador regional, Eric Oliveira, que atuou diversos anos junto aos indígenas do Baixo Tocantins também deixou o cargo e, desde a saída dele, não houve mais nomeação para o cargo.

Os indígenas querem que o presidente do órgão venha a Marabá para uma reunião. Conforme eles, a ausência de coordenador acaba emperrando diversas demandas, uma vez que não há um responsável para tomar decisões e assinar documentações. Na página da coordenação regional, consta que a unidade atende a mais de 6 mil indígenas pertencentes a 13 diferentes povos e que estes vivem em 18 Terras Indígenas, além de três áreas localizadas em Projetos de Assentamento.

Juntas, segundo o órgão, correspondem a mais de 1,2 milhões de hectares. Estão submetidas a ela oito coordenações técnicas, inclusive em Belém, responsáveis pelo atendimento direto às comunidades indígenas.

Há uma semana o Correio de Carajás enviou e-mail à assessoria de comunicação da Funai, questionando acerca da ocupação, do sucateamento da unidade regional, dos motivos que impedem a nomeação de um coordenador, quem está respondendo, neste momento, pelo órgão nesta região, se há previsão de uma solução para a questão e se a presidência pretende se reunir com os indígenas que estão protestando. Seis dias depois, no entanto, não houve qualquer resposta. A Reportagem tentou telefonar para órgão nesta quarta-feira (31), mas as ligações não foram atendidas. (Luciana Marschall)

Passados seis dias, indígenas de diferentes etnias mantêm a ocupação à sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) – Coordenação Regional do Baixo Tocantins, em Marabá, em protesto contra a falta de coordenação local, que amanhã completa 11 meses. Até o momento, o presidente nacional do órgão, general do Exército Franklimberg Ribeiro de Freitas, não solucionou a questão, tampouco se posicionou sobre uma data para se reunir com os manifestantes.

As lideranças Xikrin decidiram realizar uma reunião nesta quinta-feira (1º) envolvendo as 11 etnias jurisdicionadas à coordenação regional para deliberação de encaminhamentos acerca da questão, podendo, inclusive, estabelecerem ações mais incisivas. A ocupação foi iniciada na manhã do último dia 25 (quinta).

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Em decorrência dos grandes cortes no orçamento da Funai, realizados no ano passado pelo presidente Michel Temer, em todo o país funcionários contratados pelo órgão foram exonerados. O coordenador regional, Eric Oliveira, que atuou diversos anos junto aos indígenas do Baixo Tocantins também deixou o cargo e, desde a saída dele, não houve mais nomeação para o cargo.

Os indígenas querem que o presidente do órgão venha a Marabá para uma reunião. Conforme eles, a ausência de coordenador acaba emperrando diversas demandas, uma vez que não há um responsável para tomar decisões e assinar documentações. Na página da coordenação regional, consta que a unidade atende a mais de 6 mil indígenas pertencentes a 13 diferentes povos e que estes vivem em 18 Terras Indígenas, além de três áreas localizadas em Projetos de Assentamento.

Juntas, segundo o órgão, correspondem a mais de 1,2 milhões de hectares. Estão submetidas a ela oito coordenações técnicas, inclusive em Belém, responsáveis pelo atendimento direto às comunidades indígenas.

Há uma semana o Correio de Carajás enviou e-mail à assessoria de comunicação da Funai, questionando acerca da ocupação, do sucateamento da unidade regional, dos motivos que impedem a nomeação de um coordenador, quem está respondendo, neste momento, pelo órgão nesta região, se há previsão de uma solução para a questão e se a presidência pretende se reunir com os indígenas que estão protestando. Seis dias depois, no entanto, não houve qualquer resposta. A Reportagem tentou telefonar para órgão nesta quarta-feira (31), mas as ligações não foram atendidas. (Luciana Marschall)