Correio de Carajás

Foliões capricham nas fantasias na N.Marabá

Com centenas de foliões e com a mesma alegria e disposição de sempre, o tradicional bloco de Carnaval “Vai Quem Quer” distribuiu alegria por onde passou na tarde desta segunda-feira, na Nova Marabá. Era o 35º ano da festa que tem caráter livre: com abadá ou sem, os foliões seguem o bloco e aproveitam para caprichar nas fantasias. Máscaras de políticos, fantasias de super-herói e até menção à Operação Lava Jato dominaram o cenário, com muito espaço para a irreverência.

No início da caminhada no meio da tarde, por volta das 16 horas, na Folha 28, o público ainda tímido diante da tradição do bloco, mas aos poucos os brincantes foram chegando a aderindo ao grupo. Seguiram pela VP-8 até a entrada da Folha 27 e atravessaram a mesma até a Folha 21. Ao longo do trajeto, moradores iam saudando o grupo das portas das suas casas. Muita gente se prepara para fotografar e interagir com os personagens que por ali desfilam atrás dos trios elétricos.

Um casal de “anjinhos” caminhava ao lado do Zorro e do Homem Aranha enquanto outros personagens inusitados arrancavam risos, como uma pantera um índio mal caracterizado e muitos homens travestidos de mulher. Quem não tinha fantasia, improvisava com adereços inventados na hora e muita maquiagem. Perucas, máscaras e chapéus ajudavam a quem não teve tempo de vestir algo mais elaborado.

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“Eu sigo o bloco todos os anos. É uma farra sem fim. Eu gosto por que tem todos os nossos vizinhos participando junto e não tem briga nem confusão, é tranquilo pra trazer as crianças”, disse o comerciário Rogério Lima, que carregava a filha de seis anos nos ombros, esta vestida de fada.

Um dos organizadores do bloco, Marinho Silva destaca as três décadas e meia do Vai Quem Quer nas ruas e lembra que no início eram alguns amigos, que não tardou a virar um bloco de 2 mil brincantes e, hoje em dia, na casa das 20 mil pessoas – número não confirmado pelas autoridades. Apesar disso, ele dizia no meio da tarde, esperar que fosse ainda maior que em anos anteriores.

Alípio Moraes, que foi um dos fundadores do bloco, comemora o sucesso do Vai Quem Quer: “Lembro que começamos com pouca gente, um carrinho de mão, que é nossa marca registrada, e hoje temos essa multidão nos acompanhando, além de três trios elétricos”, comenta.

Com o apoio da Prefeitura para os trios e divulgação dos blocos, Alípio só lamenta a falta de segurança: “Infelizmente até agora não vi policial nenhum, só o DMTU cuidando do trânsito. Nós estamos com 30 seguranças que contratamos para dar apoio aos nossos brincantes”, conta sobre a estrutura própria.

REPERCUSSÃO

Ariella Campelo, 30 anos, que é fã de carteirinha do bloco e participa há 11 anos acredita que o Carnaval dos bairros precisa de mais apoio do governo. “Tem de voltar a ser como antigamente, a alegria dos bairros, saindo os bloquinhos da comunidade. La na Marabá Pioneira fica muito concentrado. Você passa em outros bairros da cidade está um deserto. Aqui na Folha 28 já somos tradição. Os blocos dos outros bairros sumiram” lamenta ela.

Morador da Folha 28, Wesley Silva acompanha desde criança e comemora o crescimento do bloco. “A cada ano está melhor. Mais trios elétricos e os brincantes sendo cada vez mais criativos com as fantasias. Além da organização se preocupar em ter seguranças para não haver briga no bloco”, diz.

Já os vendedores ambulantes lamentam o pouco movimento. Para Gisele Cristina, apesar de Marabá não ter tido um Carnaval grande no ano passado, as vendas foram melhores. “Podíamos trabalhar na avenida, e esse ano eles deixaram a gente num local afastado da festa, por isso as vendas não estão como eu esperava”, conta.

Paulo Monteiro, que é vendedor ambulante de bebidas diz que os foliões estão indo preparados para o Carnaval. “As pessoas estão trazendo suas bebidas, todo mundo está com seu isopor. As vendas estão muito abaixo do que eu esperava”, lamenta.

O bloco fez a volta via VP-7 e retornou para a Folha 28, no espaço de estacionamento que separa as duas mãos da VP-8, a qual esteve interditada durante a noite entre a Unifesspa e a rotatória da Casa da Cultura. Ali, a festa seguiu pela noite com a apresentação de bandas locais e DJ’s.

GAIOLA

Já neste feriado de Carnaval, a grande atração é outro bloco de rua igualmente grande em termos de público: o Gaiola das Loucas. A concentração é ao meio dia na Praça do Novo Horizonte, de onde o bloco parte para um giro pelas ruas da Cidade Nova, por volta das 16 horas. São dois quilômetros e meio de caminhada, retornando para a praça e ocupando o início da Av. Tocantins.

Também vale tudo em termos de fantasia. O bloco começou com homens travestidos de mulher, mas hoje em dia vale qualquer tipo de adereço. A organização firmou compromisso de dispersar o grupo por volta das 21 horas, a tempo de que os foliões se desloquem para a Praça São Félix de Valois, na Orla, para as últimas atrações do Carnaval de Marabá.

Entenda

O Vai Quem Quer é um bloco de Carnaval de origem popular, reunindo, predominantemente, brincantes do complexo Nova Marabá. A festa ganhou tamanho ao longo dos 35 anos e atrai multidão na segunda-feira de Carnaval.

 

(Reportagem Ana Mangas / Texto: Da Redação)

 

 

 

Com centenas de foliões e com a mesma alegria e disposição de sempre, o tradicional bloco de Carnaval “Vai Quem Quer” distribuiu alegria por onde passou na tarde desta segunda-feira, na Nova Marabá. Era o 35º ano da festa que tem caráter livre: com abadá ou sem, os foliões seguem o bloco e aproveitam para caprichar nas fantasias. Máscaras de políticos, fantasias de super-herói e até menção à Operação Lava Jato dominaram o cenário, com muito espaço para a irreverência.

No início da caminhada no meio da tarde, por volta das 16 horas, na Folha 28, o público ainda tímido diante da tradição do bloco, mas aos poucos os brincantes foram chegando a aderindo ao grupo. Seguiram pela VP-8 até a entrada da Folha 27 e atravessaram a mesma até a Folha 21. Ao longo do trajeto, moradores iam saudando o grupo das portas das suas casas. Muita gente se prepara para fotografar e interagir com os personagens que por ali desfilam atrás dos trios elétricos.

Um casal de “anjinhos” caminhava ao lado do Zorro e do Homem Aranha enquanto outros personagens inusitados arrancavam risos, como uma pantera um índio mal caracterizado e muitos homens travestidos de mulher. Quem não tinha fantasia, improvisava com adereços inventados na hora e muita maquiagem. Perucas, máscaras e chapéus ajudavam a quem não teve tempo de vestir algo mais elaborado.

“Eu sigo o bloco todos os anos. É uma farra sem fim. Eu gosto por que tem todos os nossos vizinhos participando junto e não tem briga nem confusão, é tranquilo pra trazer as crianças”, disse o comerciário Rogério Lima, que carregava a filha de seis anos nos ombros, esta vestida de fada.

Um dos organizadores do bloco, Marinho Silva destaca as três décadas e meia do Vai Quem Quer nas ruas e lembra que no início eram alguns amigos, que não tardou a virar um bloco de 2 mil brincantes e, hoje em dia, na casa das 20 mil pessoas – número não confirmado pelas autoridades. Apesar disso, ele dizia no meio da tarde, esperar que fosse ainda maior que em anos anteriores.

Alípio Moraes, que foi um dos fundadores do bloco, comemora o sucesso do Vai Quem Quer: “Lembro que começamos com pouca gente, um carrinho de mão, que é nossa marca registrada, e hoje temos essa multidão nos acompanhando, além de três trios elétricos”, comenta.

Com o apoio da Prefeitura para os trios e divulgação dos blocos, Alípio só lamenta a falta de segurança: “Infelizmente até agora não vi policial nenhum, só o DMTU cuidando do trânsito. Nós estamos com 30 seguranças que contratamos para dar apoio aos nossos brincantes”, conta sobre a estrutura própria.

REPERCUSSÃO

Ariella Campelo, 30 anos, que é fã de carteirinha do bloco e participa há 11 anos acredita que o Carnaval dos bairros precisa de mais apoio do governo. “Tem de voltar a ser como antigamente, a alegria dos bairros, saindo os bloquinhos da comunidade. La na Marabá Pioneira fica muito concentrado. Você passa em outros bairros da cidade está um deserto. Aqui na Folha 28 já somos tradição. Os blocos dos outros bairros sumiram” lamenta ela.

Morador da Folha 28, Wesley Silva acompanha desde criança e comemora o crescimento do bloco. “A cada ano está melhor. Mais trios elétricos e os brincantes sendo cada vez mais criativos com as fantasias. Além da organização se preocupar em ter seguranças para não haver briga no bloco”, diz.

Já os vendedores ambulantes lamentam o pouco movimento. Para Gisele Cristina, apesar de Marabá não ter tido um Carnaval grande no ano passado, as vendas foram melhores. “Podíamos trabalhar na avenida, e esse ano eles deixaram a gente num local afastado da festa, por isso as vendas não estão como eu esperava”, conta.

Paulo Monteiro, que é vendedor ambulante de bebidas diz que os foliões estão indo preparados para o Carnaval. “As pessoas estão trazendo suas bebidas, todo mundo está com seu isopor. As vendas estão muito abaixo do que eu esperava”, lamenta.

O bloco fez a volta via VP-7 e retornou para a Folha 28, no espaço de estacionamento que separa as duas mãos da VP-8, a qual esteve interditada durante a noite entre a Unifesspa e a rotatória da Casa da Cultura. Ali, a festa seguiu pela noite com a apresentação de bandas locais e DJ’s.

GAIOLA

Já neste feriado de Carnaval, a grande atração é outro bloco de rua igualmente grande em termos de público: o Gaiola das Loucas. A concentração é ao meio dia na Praça do Novo Horizonte, de onde o bloco parte para um giro pelas ruas da Cidade Nova, por volta das 16 horas. São dois quilômetros e meio de caminhada, retornando para a praça e ocupando o início da Av. Tocantins.

Também vale tudo em termos de fantasia. O bloco começou com homens travestidos de mulher, mas hoje em dia vale qualquer tipo de adereço. A organização firmou compromisso de dispersar o grupo por volta das 21 horas, a tempo de que os foliões se desloquem para a Praça São Félix de Valois, na Orla, para as últimas atrações do Carnaval de Marabá.

Entenda

O Vai Quem Quer é um bloco de Carnaval de origem popular, reunindo, predominantemente, brincantes do complexo Nova Marabá. A festa ganhou tamanho ao longo dos 35 anos e atrai multidão na segunda-feira de Carnaval.

 

(Reportagem Ana Mangas / Texto: Da Redação)