Correio de Carajás

Folião preferiu ficar na cidade

Quem está saindo de Marabá para passar o Carnaval em outras cidades tem encontrado uma movimentação normal nos terminais rodoviários. De acordo com a Arcon (Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará), isso se deve a extensa programação de festas da cidade nesse período, fazendo com que a expectativa seja de fluxo maior de circulação nas chegadas e não nas saídas, como ocorreu em anos anteriores.

Responsável por uma empresa de transportes rodoviários, Elisvan Montelo conta que houve uma demanda um pouco maior apenas para a cidade de Belém. “Está muito diferente do ano passado”, reclama. Mesmo sem a procura esperada para esse período, a empresa está com dois carros extras reservados, caso o movimento aumente de última hora.

Mesmo com a agenda cheia do Carnaval de Marabá, o folião de carteirinha, Kelcio Gomes, foi um dos poucos passageiros que passou pela rodoviária do km 06 para curtir o Carnaval fora da cidade. “Aproveitei que esse ano a passagem de ônibus está mais barata e vou visitar uns parentes que moram em São Luís; vou aproveitar e festar por lá mesmo”, afirma.

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As queixas pelo movimento abaixo da média é tanto de empresas de ônibus quanto de donos de vans. “Ano passado, tivemos uma demanda muito grande pra Tucuruí, por exemplo. Como antes não tinha festa na cidade, a população viajava. Agora estão mais animados para ficar aqui, e sinceramente acho que essa será a nossa realidade esse ano: poucas pessoas viajando”, comenta a vanzeira, Valquiria Lima.

Com o movimento tranquilo nas rodoviárias, Márcio Vitor, chefe da Arcon em Marabá, diz que este ano a fiscalização vai ocorrer somente dentro do próprio terminal. Uma parceria fechada em novembro de 2017 com o DMTU levou a um número maior de atendimentos. “Temos uma equipe pequena com três fiscais para atender Marabá e região. Mas agora, com esse apoio do DMTU, vamos poder fiscalizar mais de perto e autuar o tráfego de vans ilegais na cidade”, explica.

Segundo o chefe da Arcon no município, há um equilíbrio de forças entre os agentes que atuam na fiscalização do transporte intermunicipal na região. “Tanto a Arcon quanto a Sinart, que administra o Terminal Rodoviário da Folha 32, estão trabalhando de forma conjunta, afim de melhorar o atendimento dos passageiros”.

Márcio revela que o terminal do KM-06 não é homologado pelo Estado. “Ou seja, ele não existe legalmente, por isso o órgão não possui uma estrutura física no local e as fiscalizações são feitas de forma itinerante. “Lá existe de fato, mas não de direito”.

Rampa

Ainda de acordo com o chefe da Arcon, dentro de no máximo 15 dias, a rampa de saída de veículos, construída na rodoviária da Folha 32, estará funcionando. Desde que foi feita a duplicação da Rodovia Transamazônica, há 6 anos, o local está fechado, fazendo com que a entrada e saída dos veículos se deem por um mesmo local, o que já provocou vários acidentes. A obra realizada pela Prefeitura de Marabá, com o apoio da Sinart e da Arcon, que tem acompanhado e fiscalizado todas as reformas e melhorias feitas naquele terminal.

Gratuidade

Em relação a gratuidade no transporte de idosos, Márcio diz que a fiscalização da Arcon está atenta para conter eventuais abusos de empresas de transporte e cooperativas de vans. “Todo idoso acima de 65 anos possui esse direito regulamentado por lei. Já a Legislação Federal garante gratuidade acima de 60 anos”, informa, ressaltando que não é  necessário possuir carteira do idoso para gozar do benefício.

“A própria identidade já garante esse direito. O que se pede é que o passageiro faça uma reserva com uma pequena antecedência, pois existe uma procura muito grande, e somente 15% dos acentos são reservados para a gratuidade, que inclui idosos e portadores de necessidades especiais”, reitera.

 (Ana Bortoletto)

 

Foto: Evangelista Rocha

Quem está saindo de Marabá para passar o Carnaval em outras cidades tem encontrado uma movimentação normal nos terminais rodoviários. De acordo com a Arcon (Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará), isso se deve a extensa programação de festas da cidade nesse período, fazendo com que a expectativa seja de fluxo maior de circulação nas chegadas e não nas saídas, como ocorreu em anos anteriores.

Responsável por uma empresa de transportes rodoviários, Elisvan Montelo conta que houve uma demanda um pouco maior apenas para a cidade de Belém. “Está muito diferente do ano passado”, reclama. Mesmo sem a procura esperada para esse período, a empresa está com dois carros extras reservados, caso o movimento aumente de última hora.

Mesmo com a agenda cheia do Carnaval de Marabá, o folião de carteirinha, Kelcio Gomes, foi um dos poucos passageiros que passou pela rodoviária do km 06 para curtir o Carnaval fora da cidade. “Aproveitei que esse ano a passagem de ônibus está mais barata e vou visitar uns parentes que moram em São Luís; vou aproveitar e festar por lá mesmo”, afirma.

As queixas pelo movimento abaixo da média é tanto de empresas de ônibus quanto de donos de vans. “Ano passado, tivemos uma demanda muito grande pra Tucuruí, por exemplo. Como antes não tinha festa na cidade, a população viajava. Agora estão mais animados para ficar aqui, e sinceramente acho que essa será a nossa realidade esse ano: poucas pessoas viajando”, comenta a vanzeira, Valquiria Lima.

Com o movimento tranquilo nas rodoviárias, Márcio Vitor, chefe da Arcon em Marabá, diz que este ano a fiscalização vai ocorrer somente dentro do próprio terminal. Uma parceria fechada em novembro de 2017 com o DMTU levou a um número maior de atendimentos. “Temos uma equipe pequena com três fiscais para atender Marabá e região. Mas agora, com esse apoio do DMTU, vamos poder fiscalizar mais de perto e autuar o tráfego de vans ilegais na cidade”, explica.

Segundo o chefe da Arcon no município, há um equilíbrio de forças entre os agentes que atuam na fiscalização do transporte intermunicipal na região. “Tanto a Arcon quanto a Sinart, que administra o Terminal Rodoviário da Folha 32, estão trabalhando de forma conjunta, afim de melhorar o atendimento dos passageiros”.

Márcio revela que o terminal do KM-06 não é homologado pelo Estado. “Ou seja, ele não existe legalmente, por isso o órgão não possui uma estrutura física no local e as fiscalizações são feitas de forma itinerante. “Lá existe de fato, mas não de direito”.

Rampa

Ainda de acordo com o chefe da Arcon, dentro de no máximo 15 dias, a rampa de saída de veículos, construída na rodoviária da Folha 32, estará funcionando. Desde que foi feita a duplicação da Rodovia Transamazônica, há 6 anos, o local está fechado, fazendo com que a entrada e saída dos veículos se deem por um mesmo local, o que já provocou vários acidentes. A obra realizada pela Prefeitura de Marabá, com o apoio da Sinart e da Arcon, que tem acompanhado e fiscalizado todas as reformas e melhorias feitas naquele terminal.

Gratuidade

Em relação a gratuidade no transporte de idosos, Márcio diz que a fiscalização da Arcon está atenta para conter eventuais abusos de empresas de transporte e cooperativas de vans. “Todo idoso acima de 65 anos possui esse direito regulamentado por lei. Já a Legislação Federal garante gratuidade acima de 60 anos”, informa, ressaltando que não é  necessário possuir carteira do idoso para gozar do benefício.

“A própria identidade já garante esse direito. O que se pede é que o passageiro faça uma reserva com uma pequena antecedência, pois existe uma procura muito grande, e somente 15% dos acentos são reservados para a gratuidade, que inclui idosos e portadores de necessidades especiais”, reitera.

 (Ana Bortoletto)

 

Foto: Evangelista Rocha