Correio de Carajás

Flagelados da enchente tocam fogo em pista e exigem barracos decentes

Mesmo durante a forte chuva que caiu na noite desta Quarta-Feira-de-Cinzas, 14, em Marabá, as famílias que estão alojadas na Feirinha da entrada da Marabá Pioneira se uniram e resolveram protestar fechando o trânsito com fogo na pista, alegando que as condições do abrigo oferecido pela Prefeitura são indignas.

As barracas da Defesa Civil não aguentaram a chuva e muito menos a lona preta, fazendo com que móveis, colchões e redes encharcassem. Revoltados, eles se juntaram, arranjaram pneus, paus e colocaram fogo no centro da pista que dá acesso à Marabá Pioneira. E passaram a exigir a presença do prefeito Tião Miranda ou de seu representante. “Nessa Quarta-feira de Cinzas nós formamos o Bloco dos Alagados e agora é que o Carnaval vai começar pra gente. Só vamos sair daqui com a presença do Tião ou de um representante dele para garantir que amanhã vamos ter barracos dignos. Não queremos muito, só o que é possível”, disse o ajudante de pedreiro Carlos Emanuel Freitas, um dos manifestantes.

Priscila dos Anjos, outra revoltada com a situação, disse que a chuva da noite de ontem acabou de vez com paciência das cerca de 50 famílias que estão alojadas na Feirinha. “O que adiantou a gente vir pra cá? Perdemos tudo que tínhamos nessa chuva. Deram uma lona parecendo Sonrisal, que derreteu com a água. Minha mãe e meu pai, que ficaram numa barraca separada, estão em pé no meio do tempo porque dentro daquele cubículo é só goteira”, reclama ela.

Leia mais:

Dos Anjos lamentou a ausência da Defesa Civil naquele abrigo durante a quarta-feira e disse que a assistência é quase zero ali. “Não estamos passando fome, não estamos mendigando comida. Só queremos uma moradia digna”, desabafou Priscila, que reside na Avenida São João, Bairro Santa Rosa.

#ANUNCIO

Por volta de 22h30 de ontem, o chefe de Gabinete da Prefeitura, Walmor Costa, esteve na manifestação para dialogar com as famílias. Em nota enviada ao Portal na madrugada desta quinta-feira, a Assessoria da Prefeitura informou o seguinte:

“Por volta das 22h30, algumas famílias que estavam alojadas na antiga “feirinha” na entrada da Velha Marabá, iniciaram um protesto fechando a Avenida Antônio Maia. Segundo informações, os mesmos queriam mais estrutura para o local onde estão sendo alojados, como mais barracas ( algumas já montadas pela defesa civil) em função do aumento do número de famílias que foram alocadas nesta tarde.

Imediatamente, o chefe de Gabinete da prefeitura Walmor Costa, por determinação do prefeito Tião Miranda, juntamente com o diretor do DMTU e o comandante da Guarda Municipal foram ao local se reunir com representantes destas famílias para que sejam atendidas ainda nesta quinta-feira, com algumas solicitações. Uma reunião foi marcada para as 10 horas com o prefeito.

É importante ressaltar que a prefeitura decretou hoje Situação de Emergência, o que acelera a montagem, que já vinha acontecendo, de uma estrutura maior e mais adequada ao atendimento destas famílias.

Ainda pela manhã as equipes que cuidam da estrutura que hoje conta com mais de 100 pessoas entre Exército, Defesa Civil, servidores da saúde e da assistência social, serão reforçadas e irão melhorar o alojamento da Marabá Pioneira e também o segundo alojamento no ginásio da Obra Kolping. Outros dois alojamentos já serão construídos preventivamente para serem utilizados, caso haja necessidade.

A prefeitura entende a angústia das 300 famílias que se encontram hoje fora das suas casas em função da cheia repentina do rio, e não está medindo esforços para amenizar a situação e oferecer as melhores condições possíveis a todos os desalojados.

O nível dos Rios chegou a 11 metros na tarde desta quarta-feira, configurando a maior enchente em 4 anos na cidade. A Avenida já se encontra liberada para o tráfego”.

Mesmo durante a forte chuva que caiu na noite desta Quarta-Feira-de-Cinzas, 14, em Marabá, as famílias que estão alojadas na Feirinha da entrada da Marabá Pioneira se uniram e resolveram protestar fechando o trânsito com fogo na pista, alegando que as condições do abrigo oferecido pela Prefeitura são indignas.

As barracas da Defesa Civil não aguentaram a chuva e muito menos a lona preta, fazendo com que móveis, colchões e redes encharcassem. Revoltados, eles se juntaram, arranjaram pneus, paus e colocaram fogo no centro da pista que dá acesso à Marabá Pioneira. E passaram a exigir a presença do prefeito Tião Miranda ou de seu representante. “Nessa Quarta-feira de Cinzas nós formamos o Bloco dos Alagados e agora é que o Carnaval vai começar pra gente. Só vamos sair daqui com a presença do Tião ou de um representante dele para garantir que amanhã vamos ter barracos dignos. Não queremos muito, só o que é possível”, disse o ajudante de pedreiro Carlos Emanuel Freitas, um dos manifestantes.

Priscila dos Anjos, outra revoltada com a situação, disse que a chuva da noite de ontem acabou de vez com paciência das cerca de 50 famílias que estão alojadas na Feirinha. “O que adiantou a gente vir pra cá? Perdemos tudo que tínhamos nessa chuva. Deram uma lona parecendo Sonrisal, que derreteu com a água. Minha mãe e meu pai, que ficaram numa barraca separada, estão em pé no meio do tempo porque dentro daquele cubículo é só goteira”, reclama ela.

Dos Anjos lamentou a ausência da Defesa Civil naquele abrigo durante a quarta-feira e disse que a assistência é quase zero ali. “Não estamos passando fome, não estamos mendigando comida. Só queremos uma moradia digna”, desabafou Priscila, que reside na Avenida São João, Bairro Santa Rosa.

#ANUNCIO

Por volta de 22h30 de ontem, o chefe de Gabinete da Prefeitura, Walmor Costa, esteve na manifestação para dialogar com as famílias. Em nota enviada ao Portal na madrugada desta quinta-feira, a Assessoria da Prefeitura informou o seguinte:

“Por volta das 22h30, algumas famílias que estavam alojadas na antiga “feirinha” na entrada da Velha Marabá, iniciaram um protesto fechando a Avenida Antônio Maia. Segundo informações, os mesmos queriam mais estrutura para o local onde estão sendo alojados, como mais barracas ( algumas já montadas pela defesa civil) em função do aumento do número de famílias que foram alocadas nesta tarde.

Imediatamente, o chefe de Gabinete da prefeitura Walmor Costa, por determinação do prefeito Tião Miranda, juntamente com o diretor do DMTU e o comandante da Guarda Municipal foram ao local se reunir com representantes destas famílias para que sejam atendidas ainda nesta quinta-feira, com algumas solicitações. Uma reunião foi marcada para as 10 horas com o prefeito.

É importante ressaltar que a prefeitura decretou hoje Situação de Emergência, o que acelera a montagem, que já vinha acontecendo, de uma estrutura maior e mais adequada ao atendimento destas famílias.

Ainda pela manhã as equipes que cuidam da estrutura que hoje conta com mais de 100 pessoas entre Exército, Defesa Civil, servidores da saúde e da assistência social, serão reforçadas e irão melhorar o alojamento da Marabá Pioneira e também o segundo alojamento no ginásio da Obra Kolping. Outros dois alojamentos já serão construídos preventivamente para serem utilizados, caso haja necessidade.

A prefeitura entende a angústia das 300 famílias que se encontram hoje fora das suas casas em função da cheia repentina do rio, e não está medindo esforços para amenizar a situação e oferecer as melhores condições possíveis a todos os desalojados.

O nível dos Rios chegou a 11 metros na tarde desta quarta-feira, configurando a maior enchente em 4 anos na cidade. A Avenida já se encontra liberada para o tráfego”.