Correio de Carajás

Cosanpa diz que situação está controlada

Após várias interrupções no abastecimento de água em Marabá, a população teve que lidar com mais um rompimento de adutora na última quinta-feira (26). Durante dias, muita gente ficou sem uma gota de água nas torneiras e reclamou bastante da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) nas redes sociais. Essa foi a terceira vez que o sistema entrou em pane em menos de um mês.

A situação, garante a companhia, foi resolvida no último domingo (29), segundo informou ao Correio a engenheira sanitarista da estatal, Ângela Rayol. “Já está normalizado desde ontem [domingo], por volta, de oito horas da manhã”, disse ela nesta segunda-feira (30), destacando que foi preciso trocar toda a tubulação danificada para regularizar o abastecimento de água nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova.

Ângela, que também é coordenadora operacional da Cosanpa em Marabá, contou que o terreno que sustentava a adutora cedeu logo após o primeiro rompimento, que aconteceu no dia 19 de outubro. “Então não tinha mais sustentação. A gente teve que trocar o encanamento e reforçar as peças com parafusos”.

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Ângela garantiu que agora o sistema está seguro e abastecendo cerca de 100 mil pessoas que dependem da água da companhia. Esta, porém – adianta a engenheira – não será a última obra realizada pela Cosanpa em Marabá. “Existe a previsão para se construir uma nova adutora. Quando ela for construída, aí a gente vai deixar duas bombas totalmente abertas”, confirmou a engenheira. Ela estima que a construção aconteça dentro de 45 dias, uma vez que a estrutura da tubulação já está montada da Folha 29 até a Folha 5.

“A gente só precisava da liberação de uma estrada para terminar a tubulação e ela chegar até a Estação de Tratamento de Água, porque passa dentro de uma fazenda e a gente precisava da autorização do dono. A justiça expediu mandado e [a área] já está sendo liberada”, revelou.

Além disso, Ângela informou que atualmente não há justificativa para manter duas bombas funcionando em Marabá. “Porque uma bomba ligada e toda aberta supre a necessidade da cidade. Então, a segunda só dava um pouco de força para a primeira. A gente não a ligava o dia todo, apenas duas a três horas por dia”, esclareceu, dizendo que os técnicos da Cosanpa aumentaram a amperagem de uma bomba para dar conta sozinha da distribuição.  

Privatização

Não é só a população que vem reclamando da Cosanpa, mas também a representação local do Sindicato dos Urbanitários do Pará. De acordo com Otávio Barbosa, presidente da subseção da entidade em Marabá, é decepcionante a postura da companhia. “Para nós é muito triste, uma empresa que está em processo de ampliação não se preocupar com a questão futura”, observou.

Ele disse que a estatal deveria estar atenta à estrutura das adutoras, à capacidade de água que dispõe para a população e disse que as pessoas precisam pressionar a empresa e os governantes do estado e município. “Porque temos um plano diretor de saneamento que muitas vezes não é levado em consideração”. Além disso, Otávio acrescentou que há grande interesse do Governo do Pará na privatização da companhia.

“Ele [governador] sucateia o serviço para poder vender [privatizar]. E nós estamos aqui lutando para que se faça um serviço sério, porque não dá mais para admitir que se faça três vezes o mesmo serviço em uma adutora”, declarou, dizendo ainda que o sindicato entrou com uma representação contra a Cosanpa no Ministério Público do Pará, cobrando respostas para a situação há 50 dias e que aguarda um posicionamento. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)

 

Após várias interrupções no abastecimento de água em Marabá, a população teve que lidar com mais um rompimento de adutora na última quinta-feira (26). Durante dias, muita gente ficou sem uma gota de água nas torneiras e reclamou bastante da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) nas redes sociais. Essa foi a terceira vez que o sistema entrou em pane em menos de um mês.

A situação, garante a companhia, foi resolvida no último domingo (29), segundo informou ao Correio a engenheira sanitarista da estatal, Ângela Rayol. “Já está normalizado desde ontem [domingo], por volta, de oito horas da manhã”, disse ela nesta segunda-feira (30), destacando que foi preciso trocar toda a tubulação danificada para regularizar o abastecimento de água nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova.

Ângela, que também é coordenadora operacional da Cosanpa em Marabá, contou que o terreno que sustentava a adutora cedeu logo após o primeiro rompimento, que aconteceu no dia 19 de outubro. “Então não tinha mais sustentação. A gente teve que trocar o encanamento e reforçar as peças com parafusos”.

Ângela garantiu que agora o sistema está seguro e abastecendo cerca de 100 mil pessoas que dependem da água da companhia. Esta, porém – adianta a engenheira – não será a última obra realizada pela Cosanpa em Marabá. “Existe a previsão para se construir uma nova adutora. Quando ela for construída, aí a gente vai deixar duas bombas totalmente abertas”, confirmou a engenheira. Ela estima que a construção aconteça dentro de 45 dias, uma vez que a estrutura da tubulação já está montada da Folha 29 até a Folha 5.

“A gente só precisava da liberação de uma estrada para terminar a tubulação e ela chegar até a Estação de Tratamento de Água, porque passa dentro de uma fazenda e a gente precisava da autorização do dono. A justiça expediu mandado e [a área] já está sendo liberada”, revelou.

Além disso, Ângela informou que atualmente não há justificativa para manter duas bombas funcionando em Marabá. “Porque uma bomba ligada e toda aberta supre a necessidade da cidade. Então, a segunda só dava um pouco de força para a primeira. A gente não a ligava o dia todo, apenas duas a três horas por dia”, esclareceu, dizendo que os técnicos da Cosanpa aumentaram a amperagem de uma bomba para dar conta sozinha da distribuição.  

Privatização

Não é só a população que vem reclamando da Cosanpa, mas também a representação local do Sindicato dos Urbanitários do Pará. De acordo com Otávio Barbosa, presidente da subseção da entidade em Marabá, é decepcionante a postura da companhia. “Para nós é muito triste, uma empresa que está em processo de ampliação não se preocupar com a questão futura”, observou.

Ele disse que a estatal deveria estar atenta à estrutura das adutoras, à capacidade de água que dispõe para a população e disse que as pessoas precisam pressionar a empresa e os governantes do estado e município. “Porque temos um plano diretor de saneamento que muitas vezes não é levado em consideração”. Além disso, Otávio acrescentou que há grande interesse do Governo do Pará na privatização da companhia.

“Ele [governador] sucateia o serviço para poder vender [privatizar]. E nós estamos aqui lutando para que se faça um serviço sério, porque não dá mais para admitir que se faça três vezes o mesmo serviço em uma adutora”, declarou, dizendo ainda que o sindicato entrou com uma representação contra a Cosanpa no Ministério Público do Pará, cobrando respostas para a situação há 50 dias e que aguarda um posicionamento. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)