Correio de Carajás

Aula pública discute política

Às vésperas do julgamento do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece nesta quarta-feira (24), em Porto Alegre, estudantes, instituições e movimentos populares realizam em Marabá uma aula pública com o tema “As interfaces do Poder Econômico e Político com o Poder Judiciário: o caso Lula”. O evento acontece em dois momentos, nesta terça-feira (23), das 19h às 22h, e na quarta (24), das 8h30 às 12h, no auditório da unidade I, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Em visita ao CORREIO para divulgação da atividade, Igo Silva, diretor-geral do Diretório Central de Estudantes, um dos idealizadores do evento, disse que é dever da universidade e dos estudantes provocar e promover debates junto a comunidade na região. “Nessa conjuntura da política sendo judicializada, a gente acha importante que a universidade realize esses debates sobre os aspectos jurídicos, econômicos e sociais do país, tendo como pano de fundo o caso do ex-presidente Lula, que vai ser julgado nesta quarta-feira pela manhã. Então vai ser um amplo debate com todas as pessoas que quiserem participar”.

Os debates serão ministrados por professores da própria Unifesspa, como Lorena Fabini, da Faculdade de Direito; José Otávio, da Faculdade de Economia e Fábio Pessoa, da Faculdade de História. Para Igo, a sociedade precisa entender e analisar tudo o que envolve o julgamento, para formar o seu próprio pensamento crítico. “A gente acha importante que a sociedade tenha esse embasamento e não siga apenas as chamadas Fake News que hoje estão em ascensão”.

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Para o vereador Marcelo Alves (PT), um dos apoiadores do evento, a discussão também tem como propósito a defesa da democracia. “É para fazer a defesa da democracia, porque nós queremos um judiciário forte, um poder legislativo forte, um poder executivo forte. Nós não podemos mais correr esse risco de voltar a 1964, de ter um golpe militar, de ter um país censurado e a própria imprensa censurada”, enfatiza. Ele confessa esperar que o ex-presidente Lula seja inocentado e opina sobre todo o processo de julgamento que será conduzido pelo juiz Sérgio Moro.

“Eu acho que o processo caminhou com muita agilidade, o que não é normal em se tratando da justiça no Brasil. A gente vê que tiveram outros políticos que passaram 10 anos para serem julgados em segunda instância e, no caso do Lula, passaram o processo dele na frente de muitos. Acreditamos que essa uma manobra para que ele registre sua candidatura em julho, quando termina o prazo. E uma parcela grande da população já viu isso”, declara.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marabá (Servimmar) também apoia a iniciativa dos estudantes e garante que tem convidado a classe dos trabalhadores para comparecer ao debate. O evento tem apoio de 26 movimentos e instituições populares e será coordenado pelo Diretório Central dos Estudantes José de Ribamar, da Unifesspa. Ao fim do evento haverá emissão de certificado de participação, com carga horária de oito horas, para os universitários.

(Nathália Viegas)

 

 

Às vésperas do julgamento do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece nesta quarta-feira (24), em Porto Alegre, estudantes, instituições e movimentos populares realizam em Marabá uma aula pública com o tema “As interfaces do Poder Econômico e Político com o Poder Judiciário: o caso Lula”. O evento acontece em dois momentos, nesta terça-feira (23), das 19h às 22h, e na quarta (24), das 8h30 às 12h, no auditório da unidade I, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Em visita ao CORREIO para divulgação da atividade, Igo Silva, diretor-geral do Diretório Central de Estudantes, um dos idealizadores do evento, disse que é dever da universidade e dos estudantes provocar e promover debates junto a comunidade na região. “Nessa conjuntura da política sendo judicializada, a gente acha importante que a universidade realize esses debates sobre os aspectos jurídicos, econômicos e sociais do país, tendo como pano de fundo o caso do ex-presidente Lula, que vai ser julgado nesta quarta-feira pela manhã. Então vai ser um amplo debate com todas as pessoas que quiserem participar”.

Os debates serão ministrados por professores da própria Unifesspa, como Lorena Fabini, da Faculdade de Direito; José Otávio, da Faculdade de Economia e Fábio Pessoa, da Faculdade de História. Para Igo, a sociedade precisa entender e analisar tudo o que envolve o julgamento, para formar o seu próprio pensamento crítico. “A gente acha importante que a sociedade tenha esse embasamento e não siga apenas as chamadas Fake News que hoje estão em ascensão”.

Para o vereador Marcelo Alves (PT), um dos apoiadores do evento, a discussão também tem como propósito a defesa da democracia. “É para fazer a defesa da democracia, porque nós queremos um judiciário forte, um poder legislativo forte, um poder executivo forte. Nós não podemos mais correr esse risco de voltar a 1964, de ter um golpe militar, de ter um país censurado e a própria imprensa censurada”, enfatiza. Ele confessa esperar que o ex-presidente Lula seja inocentado e opina sobre todo o processo de julgamento que será conduzido pelo juiz Sérgio Moro.

“Eu acho que o processo caminhou com muita agilidade, o que não é normal em se tratando da justiça no Brasil. A gente vê que tiveram outros políticos que passaram 10 anos para serem julgados em segunda instância e, no caso do Lula, passaram o processo dele na frente de muitos. Acreditamos que essa uma manobra para que ele registre sua candidatura em julho, quando termina o prazo. E uma parcela grande da população já viu isso”, declara.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marabá (Servimmar) também apoia a iniciativa dos estudantes e garante que tem convidado a classe dos trabalhadores para comparecer ao debate. O evento tem apoio de 26 movimentos e instituições populares e será coordenado pelo Diretório Central dos Estudantes José de Ribamar, da Unifesspa. Ao fim do evento haverá emissão de certificado de participação, com carga horária de oito horas, para os universitários.

(Nathália Viegas)