Correio de Carajás

Após fim das eleições diretas, mães protestam contra retirada de diretora

 “Eu acho errada essa lei porque a escolha da direção pelo prefeito vai fazer da escola um cabide de emprego e vão colocar cabo eleitoral, vai virar bagunça e é isso que eu acho”, defende a artesã Meyre Meneses, mãe de quatro alunos da Escola Municipal Dr. Francisco Sousa Ramos, localizada na Avenida Itacaiúnas, Bairro Novo Horizonte, em Marabá.

Na manhã de hoje, sexta-feira (26), um grupo de mães se reuniu no local, colhendo assinaturas em um abaixo assinado, contra a decisão da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de dispensar a professora Fabíola Neves do cargo de diretora, o qual ocupava há dois anos. A mudança ocorre pouco tempo depois de aprovada a lei revogando a eleição direta para as direções das escolas municipais, pela Câmara Municipal de Marabá, votada em dezembro passada em meio aos protestos dos professores.

Meyre afirma que os pais dos alunos souberam da saída da diretora quando a própria comunicou, via grupo de WhatsApp, que estava deixando o cargo, sem muitas explicações. “Não foi dada nenhuma justificativa. Ficamos sabendo porque ela informou que sairia. Não recebemos justificativa. Ela foi eleita pela maioria dos pais e não fomos chamados para sermos informados de nada. Não estamos sabendo de nada. Ninguém se pronuncia sobre quem vai entrar no lugar”, diz.

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Ela defende que a ex-diretora era benquista pelas famílias que usufruem da unidade, atualmente com 430 alunos. “Eu, como representante dos pais, sou testemunha do trabalho da diretora Fabíola, venho desenvolvendo um trabalho voluntário na escola com ela, então sou testemunha da dedicação dela a essa escola e sou contra a saída. Estou indignada e pergunto aos nossos gestores por que tirar a pessoa se está dando certo. Os pais gostam, os alunos amam ela e está dando certo”.

Natacha Rodrigues, mãe de duas alunas, também afirma estar indignada com a notícia. “Quando assumiu a escola a gente viu o trabalho dela. Ela se envolve com a comunidade, envolve os pais na escola e faz questão de acompanhar cada um. A gente não foi avisada que ela ia sair e que a gente não poderia mais participar da escolha dos diretores. Se a gente é obrigada a votar para um prefeito na cidade por que a gente não tem direito de votar em quem a gente quer que dirija uma escola para nossos filhos? São crianças e queremos uma pessoa que tenha responsabilidade e prazer de trabalhar com eles”.

Procurada pelo Correio de Carajás, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá informou que não irá se posicionar sobre o protesto dos pais. Em relação à mudança de direção, informou que a decisão se deu por questões técnicas e que ainda não foi oficializado quem irá assumir o posto, mas será alguém do quadro de servidores concursados do município.

Acrescentou que mesmo após a aprovação da lei, a maior parte das escolas municipais segue com os mesmos diretores – eleitos pela comunidade – e que são poucas e pontuais as modificações que estão sendo realizados, visando melhoria nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). (Luciana Marschall)

 

 “Eu acho errada essa lei porque a escolha da direção pelo prefeito vai fazer da escola um cabide de emprego e vão colocar cabo eleitoral, vai virar bagunça e é isso que eu acho”, defende a artesã Meyre Meneses, mãe de quatro alunos da Escola Municipal Dr. Francisco Sousa Ramos, localizada na Avenida Itacaiúnas, Bairro Novo Horizonte, em Marabá.

Na manhã de hoje, sexta-feira (26), um grupo de mães se reuniu no local, colhendo assinaturas em um abaixo assinado, contra a decisão da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de dispensar a professora Fabíola Neves do cargo de diretora, o qual ocupava há dois anos. A mudança ocorre pouco tempo depois de aprovada a lei revogando a eleição direta para as direções das escolas municipais, pela Câmara Municipal de Marabá, votada em dezembro passada em meio aos protestos dos professores.

Meyre afirma que os pais dos alunos souberam da saída da diretora quando a própria comunicou, via grupo de WhatsApp, que estava deixando o cargo, sem muitas explicações. “Não foi dada nenhuma justificativa. Ficamos sabendo porque ela informou que sairia. Não recebemos justificativa. Ela foi eleita pela maioria dos pais e não fomos chamados para sermos informados de nada. Não estamos sabendo de nada. Ninguém se pronuncia sobre quem vai entrar no lugar”, diz.

Ela defende que a ex-diretora era benquista pelas famílias que usufruem da unidade, atualmente com 430 alunos. “Eu, como representante dos pais, sou testemunha do trabalho da diretora Fabíola, venho desenvolvendo um trabalho voluntário na escola com ela, então sou testemunha da dedicação dela a essa escola e sou contra a saída. Estou indignada e pergunto aos nossos gestores por que tirar a pessoa se está dando certo. Os pais gostam, os alunos amam ela e está dando certo”.

Natacha Rodrigues, mãe de duas alunas, também afirma estar indignada com a notícia. “Quando assumiu a escola a gente viu o trabalho dela. Ela se envolve com a comunidade, envolve os pais na escola e faz questão de acompanhar cada um. A gente não foi avisada que ela ia sair e que a gente não poderia mais participar da escolha dos diretores. Se a gente é obrigada a votar para um prefeito na cidade por que a gente não tem direito de votar em quem a gente quer que dirija uma escola para nossos filhos? São crianças e queremos uma pessoa que tenha responsabilidade e prazer de trabalhar com eles”.

Procurada pelo Correio de Carajás, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá informou que não irá se posicionar sobre o protesto dos pais. Em relação à mudança de direção, informou que a decisão se deu por questões técnicas e que ainda não foi oficializado quem irá assumir o posto, mas será alguém do quadro de servidores concursados do município.

Acrescentou que mesmo após a aprovação da lei, a maior parte das escolas municipais segue com os mesmos diretores – eleitos pela comunidade – e que são poucas e pontuais as modificações que estão sendo realizados, visando melhoria nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). (Luciana Marschall)