Correio de Carajás

Itupiranga: MP atende mais de 3 mil processos

Nada menos de 3.159 processos passaram pelas mãos do promotor de Justiça Arlindo Cabral Júnior, de Itupiranga, entre o mês de janeiro e a última terça-feira, dia 13. São cerca de 300 processos por mês, grande parte envolvendo processos criminais, o que representa êxito na repressão ao crime, nas palavras do próprio promotor. Ele lembra que em 2010 Itupiranga era considerada a cidade mais violenta do País. “Hoje estamos muito longe disso”, avalia, acrescentando que as prioridades este ano foram na área da segurança e da saúde pública da população.

Prova disso foi o caso da melhora na qualidade das carnes vendidas nos açougues, devido a uma fiscalização permanente, para verificar a origem do produto. “Entendemos que isso era algo essencial”, observa o promotor, que foi pessoalmente aos matadouros

Promotor Arlindo Júnior: “Tenho a sensação de dever cumprido na Comarca de Itupiranga”

Na esfera política, teve destaque este ano o caso de sete vereadores presos a partir de solicitação do MP, que verificou manipulação de provas no processo em que os vereadores eram acusados de fraude. “Hoje os processos estão em fase de sentença, o Ministério Público não tem nada a fazer. A nossa função foi cumprida”, explica.

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Com relação à atuação do Ibama, havia um problema que incomodava a municipalidade: a madeira aprendida em Itupiranga era doada para outros municípios, mas graças à intervenção do Ministério Público, o material apreendido ficará agora em Itupiranga mesmo. “Qual o meu interesse? É pegar toda essa madeira aprendida e converter a bem da população, fazendo carteiras, mesas e outros móveis”, relata o promotor, explicando que a Prefeitura atendeu solicitação de documentação do Ibama e já está recebendo essa madeira apreendida.

Mas, nem tudo são flores. Apesar de todas essas ações, as condições materiais de produção estão aquém no necessário. O promotor Arlindo Júnior entende que Itupiranga deveria ser uma comarca de segunda entrância, o que lhe garantiria uma estrutura maior, com mais servidores, mais assessores e promotores. Ele cita o caso de Rondon do Pará, que tem menos habitantes do que Itupiranga e tem duas promotorias. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)