Correio de Carajás

Túnel em cela fica invisível em revista e presos quase fogem do Crama

Pouco tempo depois da fuga de 19 detentos do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), ocorrida no início do mês, outros três foram apanhados tentando escapar do local na madrugada desta terça-feira (19). Eles se utilizaram de um túnel de aproximadamente quatro metros de profundidade e dois de comprimento, cavado na cela nove do pavilhão A, que dava acesso a área do solário da unidade prisional. A ação, que aconteceu por volta das 4h30 da manhã, só não foi concretizada, porque havia uma equipe de policiais militares no prédio, que frustraram toda a movimentação dos encarcerados.

O mais surpreendente é que na noite de segunda-feira (18), agentes prisionais tinham realizado uma revista nas celas do centro de recuperação em busca de armas, celulares e drogas, mas não conseguiram enxergar o túnel cavado pelos presos. “É uma revista mal feita”, declarou o sargento Vasconcelos, que acompanhou toda a situação no presídio junto de sua guarnição.

Embora apenas três presos tenham conseguido atravessar o túnel, cada cela possui cerca de oito detentos, segundo o policial militar. Portanto, o número de fugitivos que usariam a mesma rota seria bem maior. Ele ainda observou que a passagem não foi cavada de uma hora para outra e que, pela dimensão apresentada, estava sendo construída há um bom tempo. A tentativa de fuga foi impedida pelo cabo Givanildo, que disparou vários tiros para o alto com a intenção de impedir a fuga dos detentos.

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Para o sargento, quando a revista não é bem feita, ela acaba colocando a vida de todos aqueles que trabalham no sistema prisional em risco. Ele ainda destaca que para adentrar o Crama, as pessoas passam por um forte esquema de segurança e que não faz sentindo os presos terem acesso a celulares, armas ou drogas, apenas se algum agente facilitar a entrada. “Um cara desse não é um agente, é um bandido infiltrado”.

O sargento ainda parabenizou a guarnição pelo feito, dando destaque a todos aqueles que trabalharam para evitar a ação dos detentos. “Nós somos uma equipe, é o sargento Vasconcelos, cabo Odinar, cabo C. de Sousa, cabo Givanildo, cabo Tadeu, cabo Fábio Costa e cabo Dos Santos”, enfatizou.

Nota

Em nota enviada à imprensa, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (SUSIPE) confirmou a fuga e informou que os três internos foram levados até a delegacia local para prestar depoimento. “Um Boletim de Ocorrência já foi feito e um Procedimento Disciplinar Penitenciário (PDP) será instaurado para apurar o caso. Uma revista estrutural foi realizada na cela que no momento passa por reparos”.

Também foi repassado que a Susipe “vem intensificando a segurança nos centros de recuperação a fim de coibir tentativas de fugas e atuando com mais rigor nas revistas em todas as unidades prisionais do Estado para evitar a entrada de objetos ilegais por negligência ou conivência de servidores”. O nome dos detentos não foi divulgado. (Nathália Viegas)

Pouco tempo depois da fuga de 19 detentos do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), ocorrida no início do mês, outros três foram apanhados tentando escapar do local na madrugada desta terça-feira (19). Eles se utilizaram de um túnel de aproximadamente quatro metros de profundidade e dois de comprimento, cavado na cela nove do pavilhão A, que dava acesso a área do solário da unidade prisional. A ação, que aconteceu por volta das 4h30 da manhã, só não foi concretizada, porque havia uma equipe de policiais militares no prédio, que frustraram toda a movimentação dos encarcerados.

O mais surpreendente é que na noite de segunda-feira (18), agentes prisionais tinham realizado uma revista nas celas do centro de recuperação em busca de armas, celulares e drogas, mas não conseguiram enxergar o túnel cavado pelos presos. “É uma revista mal feita”, declarou o sargento Vasconcelos, que acompanhou toda a situação no presídio junto de sua guarnição.

Embora apenas três presos tenham conseguido atravessar o túnel, cada cela possui cerca de oito detentos, segundo o policial militar. Portanto, o número de fugitivos que usariam a mesma rota seria bem maior. Ele ainda observou que a passagem não foi cavada de uma hora para outra e que, pela dimensão apresentada, estava sendo construída há um bom tempo. A tentativa de fuga foi impedida pelo cabo Givanildo, que disparou vários tiros para o alto com a intenção de impedir a fuga dos detentos.

Para o sargento, quando a revista não é bem feita, ela acaba colocando a vida de todos aqueles que trabalham no sistema prisional em risco. Ele ainda destaca que para adentrar o Crama, as pessoas passam por um forte esquema de segurança e que não faz sentindo os presos terem acesso a celulares, armas ou drogas, apenas se algum agente facilitar a entrada. “Um cara desse não é um agente, é um bandido infiltrado”.

O sargento ainda parabenizou a guarnição pelo feito, dando destaque a todos aqueles que trabalharam para evitar a ação dos detentos. “Nós somos uma equipe, é o sargento Vasconcelos, cabo Odinar, cabo C. de Sousa, cabo Givanildo, cabo Tadeu, cabo Fábio Costa e cabo Dos Santos”, enfatizou.

Nota

Em nota enviada à imprensa, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (SUSIPE) confirmou a fuga e informou que os três internos foram levados até a delegacia local para prestar depoimento. “Um Boletim de Ocorrência já foi feito e um Procedimento Disciplinar Penitenciário (PDP) será instaurado para apurar o caso. Uma revista estrutural foi realizada na cela que no momento passa por reparos”.

Também foi repassado que a Susipe “vem intensificando a segurança nos centros de recuperação a fim de coibir tentativas de fugas e atuando com mais rigor nas revistas em todas as unidades prisionais do Estado para evitar a entrada de objetos ilegais por negligência ou conivência de servidores”. O nome dos detentos não foi divulgado. (Nathália Viegas)