Correio de Carajás

Tubulação não aguenta a pressão

As frequentes interrupções no fornecimento de água pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) têm irritado os marabaenses. Somente no último fim de semana, duas falhas ocorridas no abastecimento deixaram mais de 100 mil pessoas da Nova Marabá e Cidade Nova na seca.  Os problemas teriam ocorrido devido à grande pressão da água nas tubulações da estatal. “A causa maior é a pressão das bombas, que é muito forte. E o terreno embaixo da adutora cedeu durante muitos anos de ‘treme-treme’, digamos assim”, explicou o gerente regional da empresa, Paulo Barbosa.

A situação incomodou ainda mais a população, porque os contratempos da falta de água na Nova Marabá perduraram ao longo desta semana. Muitos usuários só voltaram a ter água nas torneiras nesta quarta-feira (25). Antes disso, em várias folhas consideradas mais altas geograficamente, os moradores relataram água com pouca força nas torneiras, e, nos prédios ou locais com caixa de armazenamento no alto, o líquido não tinha vazão suficiente.

Segundo o comerciante Claudio Rendeiro, dono de uma lanchonete na Folha 27, os prejuízos foram grandes desde a última semana, para o seu estabelecimento. “Aqui não temos poço e a caixa de água não deu conta de tantos dias sem água, tendo de alimentar os banheiros, torneiras da cozinha, limpeza da lanchonete, etc. Está na hora da Cosanpa resolver o problema de uma vez por todas”.

Leia mais:

Questionado sobre a situação relatada anteriormente, Barbosa disse que, apesar de o sistema de abastecimento ter sido recomposto no fim de semana, parte da população que depende da água da companhia ainda ficou sem o líquido. “A gente sabe que deixa a desejar no abastecimento por completo, em mais ou menos 20%. Mas estou fazendo o possível para colocar um equipamento em uma bomba que nós temos no centro de distribuição da Folha 29 para sanar esse problema”, confirmou.

Últimas ocorrências

A falta de água em Marabá, que sempre foi recorrente na cidade (conforme relatos dos próprios usuários), se intensificou no fim de agosto, quando falhas em duas bombas da estatal deixaram grande parte da população sem abastecimento. Na ocasião, os equipamentos que captavam água do Rio Tocantins pararam de funcionar após uma operação de limpeza e inspeção. E o problema só foi solucionado quase três dias depois.

Embora a população tenha ficado feliz com o retorno do serviço prestado pela companhia, não pôde desfrutar dele por muito tempo. Isso porque logo no dia 30 de agosto a empresa colocou em prática o racionamento de água na cidade, justificando que o Rio Tocantins estava com o nível muito baixo para a captação. Neste período, o fornecimento na Nova Marabá era cortado à noite, durante 12 horas, e reaberto no outro dia, pela manhã. E o movimento inverso era realizado no núcleo Cidade Nova, repetidamente.

A novidade desagradou bastante os marabaenses, que começaram a pressionar a empresa por uma solução. Então, no dia 6 de setembro a empresa publicou uma nota, por intermédio da qual anunciou um plano de ações para pôr fim ao racionamento de água em Marabá dentro de 15 dias. No entanto, o prazo não foi cumprido e mais uma vez a companhia foi criticada. A distribuição foi regularizada apenas no início deste mês, com o fim do racionamento, e a população pôde aproveitar a água até o dia 19, quando o rompimento da principal adutora da Cosanpa deixou os usuários na mão.

 (Nathália Viegas)

As frequentes interrupções no fornecimento de água pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) têm irritado os marabaenses. Somente no último fim de semana, duas falhas ocorridas no abastecimento deixaram mais de 100 mil pessoas da Nova Marabá e Cidade Nova na seca.  Os problemas teriam ocorrido devido à grande pressão da água nas tubulações da estatal. “A causa maior é a pressão das bombas, que é muito forte. E o terreno embaixo da adutora cedeu durante muitos anos de ‘treme-treme’, digamos assim”, explicou o gerente regional da empresa, Paulo Barbosa.

A situação incomodou ainda mais a população, porque os contratempos da falta de água na Nova Marabá perduraram ao longo desta semana. Muitos usuários só voltaram a ter água nas torneiras nesta quarta-feira (25). Antes disso, em várias folhas consideradas mais altas geograficamente, os moradores relataram água com pouca força nas torneiras, e, nos prédios ou locais com caixa de armazenamento no alto, o líquido não tinha vazão suficiente.

Segundo o comerciante Claudio Rendeiro, dono de uma lanchonete na Folha 27, os prejuízos foram grandes desde a última semana, para o seu estabelecimento. “Aqui não temos poço e a caixa de água não deu conta de tantos dias sem água, tendo de alimentar os banheiros, torneiras da cozinha, limpeza da lanchonete, etc. Está na hora da Cosanpa resolver o problema de uma vez por todas”.

Questionado sobre a situação relatada anteriormente, Barbosa disse que, apesar de o sistema de abastecimento ter sido recomposto no fim de semana, parte da população que depende da água da companhia ainda ficou sem o líquido. “A gente sabe que deixa a desejar no abastecimento por completo, em mais ou menos 20%. Mas estou fazendo o possível para colocar um equipamento em uma bomba que nós temos no centro de distribuição da Folha 29 para sanar esse problema”, confirmou.

Últimas ocorrências

A falta de água em Marabá, que sempre foi recorrente na cidade (conforme relatos dos próprios usuários), se intensificou no fim de agosto, quando falhas em duas bombas da estatal deixaram grande parte da população sem abastecimento. Na ocasião, os equipamentos que captavam água do Rio Tocantins pararam de funcionar após uma operação de limpeza e inspeção. E o problema só foi solucionado quase três dias depois.

Embora a população tenha ficado feliz com o retorno do serviço prestado pela companhia, não pôde desfrutar dele por muito tempo. Isso porque logo no dia 30 de agosto a empresa colocou em prática o racionamento de água na cidade, justificando que o Rio Tocantins estava com o nível muito baixo para a captação. Neste período, o fornecimento na Nova Marabá era cortado à noite, durante 12 horas, e reaberto no outro dia, pela manhã. E o movimento inverso era realizado no núcleo Cidade Nova, repetidamente.

A novidade desagradou bastante os marabaenses, que começaram a pressionar a empresa por uma solução. Então, no dia 6 de setembro a empresa publicou uma nota, por intermédio da qual anunciou um plano de ações para pôr fim ao racionamento de água em Marabá dentro de 15 dias. No entanto, o prazo não foi cumprido e mais uma vez a companhia foi criticada. A distribuição foi regularizada apenas no início deste mês, com o fim do racionamento, e a população pôde aproveitar a água até o dia 19, quando o rompimento da principal adutora da Cosanpa deixou os usuários na mão.

 (Nathália Viegas)