Correio de Carajás

Semáforo para pedestres é alternativa à passarela sem acessibilidade

Após a construção da passarela na Rodovia Transamazônica, à altura do Bairro Amapá, em Marabá, nunca ter sido totalmente concluída, uma vez que não garante acessibilidade para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida, a Prefeitura Municipal pintou uma faixa e instalou um semáforo para pedestres, que passou a funcionar efetivamente nesta quinta-feira (18).

O equipamento – que a princípio é uma alternativa enquanto se estuda como readequar a estrutura construída de forma errada – é diferente dos demais semáforos da cidade, sendo que só fica fechado para os veículos quando há pedestres tentando atravessar as pistas da rodovia. O secretário municipal de Segurança Institucional, Jair Guimarães, explica como se dá o funcionamento do aparelho.

“Ele tem uma botoeira que o pedestre vai ter que acionar. Segurando por três ou quatro segundos emite, inclusive, som para os deficientes auditivos. Em torno de um minuto, após abrir para o sinal para ele, tem em torno de 10 segundos para atravessar a faixa. Depois disso o sinal vai abrir normalmente para os veículos”, diz.

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Ele destaca que a ação tem que ser repetida em cada pista da rodovia. “Ele (pedestre) vai atravessar o canteiro e, do outro lado, vai repetir o mesmo esquema. Aperta de novo, aguarda o ciclo e atravessa. Tudo isso foi pensando na mobilidade dos pedestres e dos veículos”. O semáforo está localizado a aproximadamente 100 metros de outro, também instalado há poucos meses e que permite uma conversão segura na rodovia, igualmente à altura do Bairro Amapá.

Questionado se isso não vai acarretar em congestionamentos maiores que os que já são registrados em horários de pico no local, o secretário afirma que o fluxo foi observado durante as primeiras horas de funcionamento e não sofreu grandes alterações.

“Até agora está tudo tranquilo, sem acidentes e sem ocorrências. Está havendo um engarrafamento, mas é muito pequeno. Eu acredito que este semáforo veio atender a um clamor de parte da sociedade, aos pedestres, principalmente aos que têm a mobilidade reduzida ou deficiência, dentre eles os cadeirantes, deficientes visuais e auditivos”, declarou.

Ele reconheceu que o fluxo de veículos no trecho é bastante grande, sendo a Transamazônica uma rodovia importante desta região. “A ideia sempre vai ser fluidez do tráfego e estamos estudando ainda outra forma que dará mais fluidez ao trânsito e segurança ao pedestre. O objetivo é uma via bem sinalizada, regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro. Queremos dar normatividade, legalidade, e acredito que esse semáforo, com essa novidade que traz, ajuda na travessia e passagem dos veículos”.

O secretário esclareceu que há diversos dados estatísticos de que se trata de um ponto onde ocorrem muitos acidentes, inclusive há registros de mortes no local.  “Tivemos acidentes com vítimas, inclusive fatais, no passado e queremos evitar todo tipo de acidente e dar legalidade. Isso vai até facilitar o trabalho da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no sentido de identificar possíveis infratores. Quem parar na faixa ou atravessar o semáforo corre o risco de ser autuado, mas também se o sinal estiver no verde e o pedestre passar, a responsabilidade é dele”.

Sobre a situação da passarela, explicou que o caso está em fase de reavaliação. “Engenheiros estão analisando se ela será retirada ou será readequada porque ela não está comprometida para a passagem de pedestres, mas sim para a acessibilidade, para a questão dos cadeirantes. Ela é muito longa, precisa ser alterada e, enquanto isso, de imediato, precisamos dessa faixa de pedestre aqui, bem sinalizada, para evitar os acidentes”.

EDUCAÇÃO

Jocenilson Silva, diretor do Departamento Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (DMTU), informou à Reportagem que o órgão, em parceria com a PRF, está realizando ações de educação para o trânsito no ponto em que o semáforo foi instalado. “Estamos orientando tanto o pedestre quanto o condutor sobre a travessia segura, sobre os dois momentos que se tem para atravessar a rodovia”.

O objetivo, diz, é que as equipes permaneçam no local durante algumas horas por dia por pelo menos uma semana, fazendo o trabalho de orientação. “Toda sinalização implantada tem ser repassada de forma educativa ao cidadão, mas lembrando que quem furar o sinal vermelho está sujeito à multa”.

ELOGIOS

Dois pedestres que já fizeram uso do equipamento, ouvidos pelo Correio de Carajás, demonstraram entusiasmo com a novidade. Elizabete Lima Barbosa, moradora do Bairro Amapá, acredita que o equipamento vai melhorar a vida de quem mora ou utiliza os serviços da região. “Até que é bom porque depois que colocaram o outro semáforo ninguém mais respeitou aqui (faixa), então tinha que ter mesmo porque às vezes o povo não para pra ninguém passar. Estão obedecendo agora”.

Em relação à passarela, ela diz que costuma fazer uso também da instalação porque se sente mais segura. Francisco da Conceição, morador do mesmo bairro, também elogiou a alternativa. “Agora é mais fácil, espera um pouco e enquanto não fica verde para o pedestre não pode passar. É bom porque antes, às vezes, um carro parava e outro não, agora eles têm que obedecer e tão parando direitinho”, finalizou. (Luciana Marschall com informações de Elson Gomes e Adilson Poltroniere)

 

Após a construção da passarela na Rodovia Transamazônica, à altura do Bairro Amapá, em Marabá, nunca ter sido totalmente concluída, uma vez que não garante acessibilidade para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida, a Prefeitura Municipal pintou uma faixa e instalou um semáforo para pedestres, que passou a funcionar efetivamente nesta quinta-feira (18).

O equipamento – que a princípio é uma alternativa enquanto se estuda como readequar a estrutura construída de forma errada – é diferente dos demais semáforos da cidade, sendo que só fica fechado para os veículos quando há pedestres tentando atravessar as pistas da rodovia. O secretário municipal de Segurança Institucional, Jair Guimarães, explica como se dá o funcionamento do aparelho.

“Ele tem uma botoeira que o pedestre vai ter que acionar. Segurando por três ou quatro segundos emite, inclusive, som para os deficientes auditivos. Em torno de um minuto, após abrir para o sinal para ele, tem em torno de 10 segundos para atravessar a faixa. Depois disso o sinal vai abrir normalmente para os veículos”, diz.

Ele destaca que a ação tem que ser repetida em cada pista da rodovia. “Ele (pedestre) vai atravessar o canteiro e, do outro lado, vai repetir o mesmo esquema. Aperta de novo, aguarda o ciclo e atravessa. Tudo isso foi pensando na mobilidade dos pedestres e dos veículos”. O semáforo está localizado a aproximadamente 100 metros de outro, também instalado há poucos meses e que permite uma conversão segura na rodovia, igualmente à altura do Bairro Amapá.

Questionado se isso não vai acarretar em congestionamentos maiores que os que já são registrados em horários de pico no local, o secretário afirma que o fluxo foi observado durante as primeiras horas de funcionamento e não sofreu grandes alterações.

“Até agora está tudo tranquilo, sem acidentes e sem ocorrências. Está havendo um engarrafamento, mas é muito pequeno. Eu acredito que este semáforo veio atender a um clamor de parte da sociedade, aos pedestres, principalmente aos que têm a mobilidade reduzida ou deficiência, dentre eles os cadeirantes, deficientes visuais e auditivos”, declarou.

Ele reconheceu que o fluxo de veículos no trecho é bastante grande, sendo a Transamazônica uma rodovia importante desta região. “A ideia sempre vai ser fluidez do tráfego e estamos estudando ainda outra forma que dará mais fluidez ao trânsito e segurança ao pedestre. O objetivo é uma via bem sinalizada, regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro. Queremos dar normatividade, legalidade, e acredito que esse semáforo, com essa novidade que traz, ajuda na travessia e passagem dos veículos”.

O secretário esclareceu que há diversos dados estatísticos de que se trata de um ponto onde ocorrem muitos acidentes, inclusive há registros de mortes no local.  “Tivemos acidentes com vítimas, inclusive fatais, no passado e queremos evitar todo tipo de acidente e dar legalidade. Isso vai até facilitar o trabalho da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no sentido de identificar possíveis infratores. Quem parar na faixa ou atravessar o semáforo corre o risco de ser autuado, mas também se o sinal estiver no verde e o pedestre passar, a responsabilidade é dele”.

Sobre a situação da passarela, explicou que o caso está em fase de reavaliação. “Engenheiros estão analisando se ela será retirada ou será readequada porque ela não está comprometida para a passagem de pedestres, mas sim para a acessibilidade, para a questão dos cadeirantes. Ela é muito longa, precisa ser alterada e, enquanto isso, de imediato, precisamos dessa faixa de pedestre aqui, bem sinalizada, para evitar os acidentes”.

EDUCAÇÃO

Jocenilson Silva, diretor do Departamento Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (DMTU), informou à Reportagem que o órgão, em parceria com a PRF, está realizando ações de educação para o trânsito no ponto em que o semáforo foi instalado. “Estamos orientando tanto o pedestre quanto o condutor sobre a travessia segura, sobre os dois momentos que se tem para atravessar a rodovia”.

O objetivo, diz, é que as equipes permaneçam no local durante algumas horas por dia por pelo menos uma semana, fazendo o trabalho de orientação. “Toda sinalização implantada tem ser repassada de forma educativa ao cidadão, mas lembrando que quem furar o sinal vermelho está sujeito à multa”.

ELOGIOS

Dois pedestres que já fizeram uso do equipamento, ouvidos pelo Correio de Carajás, demonstraram entusiasmo com a novidade. Elizabete Lima Barbosa, moradora do Bairro Amapá, acredita que o equipamento vai melhorar a vida de quem mora ou utiliza os serviços da região. “Até que é bom porque depois que colocaram o outro semáforo ninguém mais respeitou aqui (faixa), então tinha que ter mesmo porque às vezes o povo não para pra ninguém passar. Estão obedecendo agora”.

Em relação à passarela, ela diz que costuma fazer uso também da instalação porque se sente mais segura. Francisco da Conceição, morador do mesmo bairro, também elogiou a alternativa. “Agora é mais fácil, espera um pouco e enquanto não fica verde para o pedestre não pode passar. É bom porque antes, às vezes, um carro parava e outro não, agora eles têm que obedecer e tão parando direitinho”, finalizou. (Luciana Marschall com informações de Elson Gomes e Adilson Poltroniere)