Correio de Carajás

Roubo de motos e celular são calcanhar de Aquiles

Há pouco mais de seis meses no comando do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), coronel Franklin Roosevelt Wanzeler Fayal fez uma avaliação do período em que está à frente da tropa. De forma realista, ele ressaltou pontos positivos que conseguiu implementar nesses quase 200 dias, mas reconheceu que os roubos de celulares e de motocicletas ainda incomodam bastante, assim como a falta de efetivo e o intenso tráfico de drogas na cidade e na região.

Segundo o oficial, os casos de homicídios diminuíram em 4% entre 2016 e 2017. Já em relação aos roubos, ele informou que os percentuais se mantiveram. O coronel atribui isso a questões sociais, como a crise econômica e o consequente aumento do desemprego, que impactam na segurança pública. “Onde se tem uma população menos empregada e mais desassistida, vai ter maior índice criminal”, observa.

Sobre o calcanhar de Aquiles da polícia (roubos de celular e de motos), o coronel disse que a polícia tem feito o que pode, sempre com pelo menos 10 viaturas circulando pela cidade, mas observa que o cidadão também precisa tomar certas precauções individuais para não se tornar vulnerável ao ataque dos criminosos.

Leia mais:

Técnicas de segurança individual

Em relação aos proprietários de veículos, notadamente de motocicletas, ele orienta que devem evitar o uso do veículo na madrugada e em locais onde o índice de roubos é alto. Se possível, devem utilizar equipamentos de corte de combustível, ou mesmo rastreadores. “O delinquente quer facilidade e onde encontrar, ele vai atuar”, resume.

Além disso, coronel Roosevelt observa que ao chegar em casa, especialmente tarde da noite ou de madrugada, o condutor deve dar uma volta no quarteirão primeiro, verificando se não há nenhuma anormalidade, antes de entrar. E deve também acionar a Polícia Militar caso perceba algo suspeito.

Em relação aos celulares (cuja média é de um aparelho roubado por hora no Estado do Pará), o coronel se disse preocupado com o fato de que, em geral, muitas pessoas andam falando ao celular no meio da rua, como se estivessem na segurança do lar. Segundo ele, o cidadão precisa utilizar algumas técnicas de segurança simples, como colocar o telefone na bolsa (no caso das mulheres), ou no bolso, além de evitar atende-lo na rua ou dentro de veículos coletivos.

Efetivo e viaturas. O que fazer?

No tocante à falta de efetivo suficiente para uma cidade com as dimensões e características de Marabá, o coronel Roosevelt admitiu que enfrenta certa dificuldade para formar as equipes que circulam nas 10 viaturas todos os dias. Ele espera pela formação dos novos militares (algo em torno de 100 para Marabá), mas reconhece que isso ainda vai demorar, pois os novos PMs só devem estar prontos no segundo semestre deste ano, mais precisamente em agosto, e não há previsão para aumentar o efetivo antes disso.

Enquanto isso, afirma o comandante, a saída tem sido otimizar o pessoal a partir de dados estatísticos que indicam quais os locais em que há maior necessidade de policiamento. “A gente trabalha com números, com estatísticas, porque nosso recurso já é pouco”, observa.

Sobre a situação das viaturas policiais, já que algumas estão baixadas no quartel, conforme verificado pela reportagem recentemente, Roosevelt explicou que carro de polícia tem uma vida útil de dois anos, no máximo, porque são veículos que rodam bastante e em situações extremas. Mas ele espera entre abril e maio deste ano uma renovação de frota. Mas reconhece que isso vai depender da licitação que é feita pelo governo do Estado. Não depende dele.

O mal do século

Outra situação que vem preocupando bastante o oficial é o intenso tráfico de drogas. Nesse particular, ele observa que a polícia tem feito a parte dela, com mais de 150 prisões no último ano. Mas Roosevelt parece não estar satisfeito apenas com a prisão, pois entende que as drogas são o mal do século porque destroem famílias e, apesar do combate, esse tipo de crime ainda perdura porque existe uma clientela muito grande.

Segundo ele, pessoas que se consideram de bem, que não se envolvem em assaltos ou nenhum outro tipo de ilícito, ao consumir drogas, estão financiando o crime. Por isso, ele vê a necessidade urgente da efetivação de políticas públicas de educação e prevenção nas três esferas.

Neste sentido, uma das boas iniciativas exitosas é o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), que é feito pela Polícia Militar dentro das escolas, orientando estudantes. Mas o coronel entende que o envolvimento da sociedade e do próprio poder público precisa ser ainda maior.

Recentemente foram inseridas no patrulhamento da PM mais três duplas em motocicletas. Agora, o comandante do 4º BPM espera pela chegada de mais 20 motos que foram asseguradas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Porém ainda não há data para a chegada dos veículos. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

 

 

Há pouco mais de seis meses no comando do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), coronel Franklin Roosevelt Wanzeler Fayal fez uma avaliação do período em que está à frente da tropa. De forma realista, ele ressaltou pontos positivos que conseguiu implementar nesses quase 200 dias, mas reconheceu que os roubos de celulares e de motocicletas ainda incomodam bastante, assim como a falta de efetivo e o intenso tráfico de drogas na cidade e na região.

Segundo o oficial, os casos de homicídios diminuíram em 4% entre 2016 e 2017. Já em relação aos roubos, ele informou que os percentuais se mantiveram. O coronel atribui isso a questões sociais, como a crise econômica e o consequente aumento do desemprego, que impactam na segurança pública. “Onde se tem uma população menos empregada e mais desassistida, vai ter maior índice criminal”, observa.

Sobre o calcanhar de Aquiles da polícia (roubos de celular e de motos), o coronel disse que a polícia tem feito o que pode, sempre com pelo menos 10 viaturas circulando pela cidade, mas observa que o cidadão também precisa tomar certas precauções individuais para não se tornar vulnerável ao ataque dos criminosos.

Técnicas de segurança individual

Em relação aos proprietários de veículos, notadamente de motocicletas, ele orienta que devem evitar o uso do veículo na madrugada e em locais onde o índice de roubos é alto. Se possível, devem utilizar equipamentos de corte de combustível, ou mesmo rastreadores. “O delinquente quer facilidade e onde encontrar, ele vai atuar”, resume.

Além disso, coronel Roosevelt observa que ao chegar em casa, especialmente tarde da noite ou de madrugada, o condutor deve dar uma volta no quarteirão primeiro, verificando se não há nenhuma anormalidade, antes de entrar. E deve também acionar a Polícia Militar caso perceba algo suspeito.

Em relação aos celulares (cuja média é de um aparelho roubado por hora no Estado do Pará), o coronel se disse preocupado com o fato de que, em geral, muitas pessoas andam falando ao celular no meio da rua, como se estivessem na segurança do lar. Segundo ele, o cidadão precisa utilizar algumas técnicas de segurança simples, como colocar o telefone na bolsa (no caso das mulheres), ou no bolso, além de evitar atende-lo na rua ou dentro de veículos coletivos.

Efetivo e viaturas. O que fazer?

No tocante à falta de efetivo suficiente para uma cidade com as dimensões e características de Marabá, o coronel Roosevelt admitiu que enfrenta certa dificuldade para formar as equipes que circulam nas 10 viaturas todos os dias. Ele espera pela formação dos novos militares (algo em torno de 100 para Marabá), mas reconhece que isso ainda vai demorar, pois os novos PMs só devem estar prontos no segundo semestre deste ano, mais precisamente em agosto, e não há previsão para aumentar o efetivo antes disso.

Enquanto isso, afirma o comandante, a saída tem sido otimizar o pessoal a partir de dados estatísticos que indicam quais os locais em que há maior necessidade de policiamento. “A gente trabalha com números, com estatísticas, porque nosso recurso já é pouco”, observa.

Sobre a situação das viaturas policiais, já que algumas estão baixadas no quartel, conforme verificado pela reportagem recentemente, Roosevelt explicou que carro de polícia tem uma vida útil de dois anos, no máximo, porque são veículos que rodam bastante e em situações extremas. Mas ele espera entre abril e maio deste ano uma renovação de frota. Mas reconhece que isso vai depender da licitação que é feita pelo governo do Estado. Não depende dele.

O mal do século

Outra situação que vem preocupando bastante o oficial é o intenso tráfico de drogas. Nesse particular, ele observa que a polícia tem feito a parte dela, com mais de 150 prisões no último ano. Mas Roosevelt parece não estar satisfeito apenas com a prisão, pois entende que as drogas são o mal do século porque destroem famílias e, apesar do combate, esse tipo de crime ainda perdura porque existe uma clientela muito grande.

Segundo ele, pessoas que se consideram de bem, que não se envolvem em assaltos ou nenhum outro tipo de ilícito, ao consumir drogas, estão financiando o crime. Por isso, ele vê a necessidade urgente da efetivação de políticas públicas de educação e prevenção nas três esferas.

Neste sentido, uma das boas iniciativas exitosas é o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), que é feito pela Polícia Militar dentro das escolas, orientando estudantes. Mas o coronel entende que o envolvimento da sociedade e do próprio poder público precisa ser ainda maior.

Recentemente foram inseridas no patrulhamento da PM mais três duplas em motocicletas. Agora, o comandante do 4º BPM espera pela chegada de mais 20 motos que foram asseguradas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Porém ainda não há data para a chegada dos veículos. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)