Correio de Carajás

Presos acusados de assassinar pai e filho

A prisão dos indivíduos Adeilson Araújo da Silva, de 21 anos, e Cailo Dias dos Santos, de 23, ocorrida no final da manhã desta sexta-feira (26), pode levar a polícia a elucidar o duplo assassinato praticado contra o fazendeiro Laurentino Silva Nogueira, de 61 anos, e o filho dele, Diego Silva Nogueira, de 26, vítimas de latrocínio na fazenda Santa Marta, na zona rural de Marabá, no dia 7 deste mês de janeiro.

Responsável pela guarnição da Polícia Militar que prendeu os acusados, o sargento Gladison Galvão, comandante do Posto Policial Destacado (PPD) de Morada Nova, relatou ter recebido informação anônima de que dois homens acusados de ter cometido o duplo homicídio estariam na rodoviária de Morada Nova, à espera de uma van para fugir da cidade.

Imediatamente, os policiais seguiram até o local onde avistaram os dois suspeitos com as mesmas características. Ao abordar os acusados, foi encontrado em poder de Adeilson um revólver calibre 38 carregado com cinco munições e mais outras três balas do mesmo calibre no bolso dele. Além disso, o acusado portava a quantia de R$ 3 mil. Já em poder de Cailo foi apreendida a quantia de R$ 2.943 em dinheiro.

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Perguntados se eles realmente eram os autores do latrocínio que vitimou pai e filho na fazenda que fica entre as vilas União e Capistrano de Abreu, os dois confirmaram que estavam sendo realmente acusados, mas alegaram inocência. Disseram ainda que compraram o revólver justamente para se proteger de uma possível vingança.

Além disso, os dois confirmaram para os policiais que estavam esperando uma van para fugir do Pará em destino ao Estado do Maranhão, segundo consta no Boletim de ocorrência Policial.

Ao serem informados de que seriam encaminhados para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil e apresentados como suspeitos do duplo assassinato, o acusado Cailo ofereceu a quantia de R$ 2 mil como suborno para que os policiais os liberassem. Nessa hora foi dada voz de prisão à dupla.

Versão do acusado

Ouvido pelo jornal, Adeilson – chorando – contou uma versão mais complexa. Alegou que tinha saído das terras onde aconteceu o crime havia cerca de um ano e que tentavam fugir, na verdade, para Tucuruí, onde pretendiam ganhar um lote de terra que estaria sendo destinada aos colonos pelo Incra.

Contou também que pistoleiros estavam entrando nas casas e matando colonos, por isso eles também queriam fugir da região. Disse até que já foram mortas sete pessoas na área nos últimos dias, embora nenhum desses supostos homicídios tenha sido registrado no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá. “É questão de terra. Fazendeiro é quem comanda nossa área lá e eles matam por causa de terra”, resumiu.

Relembre o caso

Segundo a perita Elisângela Araújo, do IML, que esteve no local do crime, foi relatado a ela que os assaltantes invadiram a residência por volta das 20 horas e havia diversas pessoas na casa, dentre elas crianças. Alguns membros da família foram rendidos e colocados em um quarto. Diego, no entanto, teria ido para outro quarto para pegar uma arma de fogo e se trancado no cômodo. “Eles deram um tiro na porta do quarto, invadiram e atiraram nele. Aí levaram o pai (Laurentino) para lá também e

executaram o pai neste mesmo quarto”, narrou a perita.

Ela acrescenta que tudo aponta ter se tratado de um assalto, uma vez que havia a informação de que Laurentino costumava usar ao menos 11 cordões de ouro. “Levaram cordões e armas”, explicou na ocasião, acrescentando que as testemunhas alegaram não ter visto qualquer veículo chegando ou saindo da propriedade.

Diego ainda chegou a ser socorrido e encaminhado ao posto de saúde da Vila União, mas não resistiu aos ferimentos. O pai, Laurentino, morreu ainda no local do crime. A esposa dele esteve na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para prestar informações e no IML para providenciar a liberação dos cadáveres.

(Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha e Luciana Marschall)

 

A prisão dos indivíduos Adeilson Araújo da Silva, de 21 anos, e Cailo Dias dos Santos, de 23, ocorrida no final da manhã desta sexta-feira (26), pode levar a polícia a elucidar o duplo assassinato praticado contra o fazendeiro Laurentino Silva Nogueira, de 61 anos, e o filho dele, Diego Silva Nogueira, de 26, vítimas de latrocínio na fazenda Santa Marta, na zona rural de Marabá, no dia 7 deste mês de janeiro.

Responsável pela guarnição da Polícia Militar que prendeu os acusados, o sargento Gladison Galvão, comandante do Posto Policial Destacado (PPD) de Morada Nova, relatou ter recebido informação anônima de que dois homens acusados de ter cometido o duplo homicídio estariam na rodoviária de Morada Nova, à espera de uma van para fugir da cidade.

Imediatamente, os policiais seguiram até o local onde avistaram os dois suspeitos com as mesmas características. Ao abordar os acusados, foi encontrado em poder de Adeilson um revólver calibre 38 carregado com cinco munições e mais outras três balas do mesmo calibre no bolso dele. Além disso, o acusado portava a quantia de R$ 3 mil. Já em poder de Cailo foi apreendida a quantia de R$ 2.943 em dinheiro.

Perguntados se eles realmente eram os autores do latrocínio que vitimou pai e filho na fazenda que fica entre as vilas União e Capistrano de Abreu, os dois confirmaram que estavam sendo realmente acusados, mas alegaram inocência. Disseram ainda que compraram o revólver justamente para se proteger de uma possível vingança.

Além disso, os dois confirmaram para os policiais que estavam esperando uma van para fugir do Pará em destino ao Estado do Maranhão, segundo consta no Boletim de ocorrência Policial.

Ao serem informados de que seriam encaminhados para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil e apresentados como suspeitos do duplo assassinato, o acusado Cailo ofereceu a quantia de R$ 2 mil como suborno para que os policiais os liberassem. Nessa hora foi dada voz de prisão à dupla.

Versão do acusado

Ouvido pelo jornal, Adeilson – chorando – contou uma versão mais complexa. Alegou que tinha saído das terras onde aconteceu o crime havia cerca de um ano e que tentavam fugir, na verdade, para Tucuruí, onde pretendiam ganhar um lote de terra que estaria sendo destinada aos colonos pelo Incra.

Contou também que pistoleiros estavam entrando nas casas e matando colonos, por isso eles também queriam fugir da região. Disse até que já foram mortas sete pessoas na área nos últimos dias, embora nenhum desses supostos homicídios tenha sido registrado no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá. “É questão de terra. Fazendeiro é quem comanda nossa área lá e eles matam por causa de terra”, resumiu.

Relembre o caso

Segundo a perita Elisângela Araújo, do IML, que esteve no local do crime, foi relatado a ela que os assaltantes invadiram a residência por volta das 20 horas e havia diversas pessoas na casa, dentre elas crianças. Alguns membros da família foram rendidos e colocados em um quarto. Diego, no entanto, teria ido para outro quarto para pegar uma arma de fogo e se trancado no cômodo. “Eles deram um tiro na porta do quarto, invadiram e atiraram nele. Aí levaram o pai (Laurentino) para lá também e

executaram o pai neste mesmo quarto”, narrou a perita.

Ela acrescenta que tudo aponta ter se tratado de um assalto, uma vez que havia a informação de que Laurentino costumava usar ao menos 11 cordões de ouro. “Levaram cordões e armas”, explicou na ocasião, acrescentando que as testemunhas alegaram não ter visto qualquer veículo chegando ou saindo da propriedade.

Diego ainda chegou a ser socorrido e encaminhado ao posto de saúde da Vila União, mas não resistiu aos ferimentos. O pai, Laurentino, morreu ainda no local do crime. A esposa dele esteve na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para prestar informações e no IML para providenciar a liberação dos cadáveres.

(Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha e Luciana Marschall)