Correio de Carajás

Prefeito é recepcionado na delegacia com gritos de “assassino”

Um vídeo gravado com um aparelho celular registrou o momento em que o prefeito Artur Brito, de Tucuruí, chega na Delegacia de Polícia Civil de Tucuruí para prestar depoimento, na manhã de hoje, segunda-feira (30). Aos gritos, moradores da cidade o chamam de assassino e bandido, entre outros xingamentos. Ele prestou esclarecimentos relacionados à morte do prefeito Jones William Galvão, assassinado em julho deste ano. Brito era o vice e assumiu o cargo logo após o crime.

Em entrevista a uma rádio local, o delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, que acompanhou a operação desencadeada logo cedo em Tucuruí, informou que não há qualquer mandado judicial expedido contra o gestor da cidade, nem de prisão e nem de condução coercitiva. Acrescentou que o administrador foi notificado para fornecer informações e se apresentou espontaneamente no prédio da Polícia Civil.

“Dentro da investigação policial naturalmente a autoridade precisa ouvir algumas pessoas para prestar esclarecimento e algumas pessoas foram conduzidas. O prefeito não foi conduzido, ele foi notificado e prontamente compareceu, de vontade própria, ele se prontificou a ir. Não tínhamos autorização para conduzir ele e não existe mandado contra o gestor municipal. Nossa ordem era notificar ele e ouvirmos”, declarou.

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Em nota oficial da assessoria de comunicação, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) informou dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária foram cumpridos por policiais civis. Os presos foram Paulo Ricardo Rodrigues Vieira, Genivaldo Farias de Oliveira e o empresário Marlon Frank Pozzebon. Em setembro passado já havia sido preso Bruno Venâncio, que tentava fugir pelo aeroporto de Belém.

Bruno é apontado como o executor do prefeito. De acordo com o delegado Rilmar Firmino, Paulo Ricardo, preso hoje em Novo Repartimento, foi a pessoa que acompanhou a vítima no dia do crime e entrou em contato com Bruno para indicar onde o ex-prefeito estava. Genivaldo é suspeito de ter comprado drogas e entregado para Bruno antes e depois do crime. O empresário Marlon Pozzebon, acrescentou, é suspeito de ter participado do planejamento da morte. Durante os cumprimentos das prisões foram apreendidas duas armas de fogo ilegais.

Além de Artur Brito, diz o delegado geral, outras oito pessoas que também não tinham mandado de condução coercitiva em desfavor foram notificadas e estão sendo ouvidas ao longo do dia de hoje. Dentre elas está a mãe do prefeito, Josy Brito. “É uma investigação complexa e tenho certeza que ao final da investigação vamos esclarecer melhor esse crime que comoveu toda a região”.

Uma das pessoas que foram conduzidas coercitivamente à delegacia tentou fugir da cidade. Identificado como Cleilton, ele seria sócio do prefeito Artur Brito e acabou interceptado em cima da barragem da Hidrelétrica de Tucuruí, sendo então encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. “Agora estamos colhendo depoimentos, fazendo os autos de apreensão e iremos prosseguir com as investigações. Já temos um matador e duas pessoas que auxiliaram diretamente na execução presas. Agora estamos trabalhando sem atropelos, sem abusar da autoridade e ao final vamos chegar à conclusão com a elucidação completa”.

Mesmo que o prefeito não tenha sido preso, a população de Tucuruí pretende organizar manifestação para pedir a renúncia de Artur Brito. Os tucuruienses avaliam que não há mais condições de ele se manter frente ao poder público municipal, uma vez que suspeitam de envolvimento da família dele na morte. Caso haja a pressionada renúncia, quem assume o governo é o atual presidente da Câmara Municipal de Tucuruí, Bena Navegantes (PROS), que teria a obrigação de chamar novas eleições em até 90 dias.

A Prefeitura Municipal de Tucuruí emitiu nota reiterando que o prefeito foi convidado para prestar depoimento perante a autoridade policial responsável pela apuração dos fatos, assim como outras pessoas ligadas à vítima. Ainda no texto, a Prefeitura de Tucuruí afirma que as informações divulgadas “de forma inconsequente nos meios de comunicações e nas redes sociais, tentando jogar a opinião pública contra o prefeito Artur Brito, trazem grandes prejuízos para a governabilidade”.

Por fim, o posicionamento garante que Artur Brito vai continuar a administrar a cidade e colaborando com as investigações “para que o assassinato do amigo, líder político e companheiro de gestão, seja esclarecido e os culpados por esta barbárie sejam identificados e colocados atrás das grades para pagar pelo crime que cometeram”.

A operação desta manhã contou com participação de 50 policiais civis deslocados de Belém e de outros municípios do Estado. (Luciana Marschall)

Um vídeo gravado com um aparelho celular registrou o momento em que o prefeito Artur Brito, de Tucuruí, chega na Delegacia de Polícia Civil de Tucuruí para prestar depoimento, na manhã de hoje, segunda-feira (30). Aos gritos, moradores da cidade o chamam de assassino e bandido, entre outros xingamentos. Ele prestou esclarecimentos relacionados à morte do prefeito Jones William Galvão, assassinado em julho deste ano. Brito era o vice e assumiu o cargo logo após o crime.

Em entrevista a uma rádio local, o delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, que acompanhou a operação desencadeada logo cedo em Tucuruí, informou que não há qualquer mandado judicial expedido contra o gestor da cidade, nem de prisão e nem de condução coercitiva. Acrescentou que o administrador foi notificado para fornecer informações e se apresentou espontaneamente no prédio da Polícia Civil.

“Dentro da investigação policial naturalmente a autoridade precisa ouvir algumas pessoas para prestar esclarecimento e algumas pessoas foram conduzidas. O prefeito não foi conduzido, ele foi notificado e prontamente compareceu, de vontade própria, ele se prontificou a ir. Não tínhamos autorização para conduzir ele e não existe mandado contra o gestor municipal. Nossa ordem era notificar ele e ouvirmos”, declarou.

Em nota oficial da assessoria de comunicação, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) informou dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária foram cumpridos por policiais civis. Os presos foram Paulo Ricardo Rodrigues Vieira, Genivaldo Farias de Oliveira e o empresário Marlon Frank Pozzebon. Em setembro passado já havia sido preso Bruno Venâncio, que tentava fugir pelo aeroporto de Belém.

Bruno é apontado como o executor do prefeito. De acordo com o delegado Rilmar Firmino, Paulo Ricardo, preso hoje em Novo Repartimento, foi a pessoa que acompanhou a vítima no dia do crime e entrou em contato com Bruno para indicar onde o ex-prefeito estava. Genivaldo é suspeito de ter comprado drogas e entregado para Bruno antes e depois do crime. O empresário Marlon Pozzebon, acrescentou, é suspeito de ter participado do planejamento da morte. Durante os cumprimentos das prisões foram apreendidas duas armas de fogo ilegais.

Além de Artur Brito, diz o delegado geral, outras oito pessoas que também não tinham mandado de condução coercitiva em desfavor foram notificadas e estão sendo ouvidas ao longo do dia de hoje. Dentre elas está a mãe do prefeito, Josy Brito. “É uma investigação complexa e tenho certeza que ao final da investigação vamos esclarecer melhor esse crime que comoveu toda a região”.

Uma das pessoas que foram conduzidas coercitivamente à delegacia tentou fugir da cidade. Identificado como Cleilton, ele seria sócio do prefeito Artur Brito e acabou interceptado em cima da barragem da Hidrelétrica de Tucuruí, sendo então encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. “Agora estamos colhendo depoimentos, fazendo os autos de apreensão e iremos prosseguir com as investigações. Já temos um matador e duas pessoas que auxiliaram diretamente na execução presas. Agora estamos trabalhando sem atropelos, sem abusar da autoridade e ao final vamos chegar à conclusão com a elucidação completa”.

Mesmo que o prefeito não tenha sido preso, a população de Tucuruí pretende organizar manifestação para pedir a renúncia de Artur Brito. Os tucuruienses avaliam que não há mais condições de ele se manter frente ao poder público municipal, uma vez que suspeitam de envolvimento da família dele na morte. Caso haja a pressionada renúncia, quem assume o governo é o atual presidente da Câmara Municipal de Tucuruí, Bena Navegantes (PROS), que teria a obrigação de chamar novas eleições em até 90 dias.

A Prefeitura Municipal de Tucuruí emitiu nota reiterando que o prefeito foi convidado para prestar depoimento perante a autoridade policial responsável pela apuração dos fatos, assim como outras pessoas ligadas à vítima. Ainda no texto, a Prefeitura de Tucuruí afirma que as informações divulgadas “de forma inconsequente nos meios de comunicações e nas redes sociais, tentando jogar a opinião pública contra o prefeito Artur Brito, trazem grandes prejuízos para a governabilidade”.

Por fim, o posicionamento garante que Artur Brito vai continuar a administrar a cidade e colaborando com as investigações “para que o assassinato do amigo, líder político e companheiro de gestão, seja esclarecido e os culpados por esta barbárie sejam identificados e colocados atrás das grades para pagar pelo crime que cometeram”.

A operação desta manhã contou com participação de 50 policiais civis deslocados de Belém e de outros municípios do Estado. (Luciana Marschall)