Correio de Carajás

Júri condena réu a 12 anos de prisão por morte de morador de rua

O que era para ser um passeio de alguns dias por Marabá, se tornou uma estadia de meses no presídio e agora, possivelmente, de anos para Erivelto Bertulino da Silva, de 37 anos. Natural de Maceió, capital de Alagoas, ele foi condenado há 12 anos de reclusão, na manhã de hoje, quinta-feira (9), acusado de assassinar um morador de rua identificado apenas como “Neguinho”, em agosto do ano passado.

De acordo com a denúncia, no dia 21 daquele mês, por volta das 16 horas, a vítima estava sentada em um banco do Terminal Rodoviário Miguel Pernambuco, no Quilômetro Seis, quando o réu se aproximou sorrateiramente e desferiu duas facadas nela. Em seguida, Erivelto correu levando consigo a faca utilizada no crime.

Durante a tentativa de fuga, no entanto, ele foi abordado por um guarda municipal e acabou confessando o crime. Neguinho chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Regional do Sudeste do Pará, mas não resistiu aos ferimentos. Erivelto acabou encaminhado à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por homicídio.

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A Defensoria Pública pediu a absolvição do acusado por considerar ausência de provas da morte da vítima, sobretudo por não constar no laudo necroscópico o nome ou o mesmo apelido da pessoa. Segundo o defensor Allysson Castro, que atuou no caso, também foi requerido o afastamento da qualificadora da surpresa, pois, conforme os depoimentos das testemunhas, a vítima foi atingida na parte da frente do corpo, não sendo, portanto, atingida de forma sorrateira e inesperada.

O defensor informou ao Correio de Carajás que diante da condenação imposta, a Defensoria Pública já recorreu da decisão pedindo a anulação do júri, por entender que a decisão dos jurados foi contrária às provas dos autos, tendo em vista a ausência de identificação da vítima no laudo necroscópico.

DETALHES

À época em que foi preso, Erivelto concedeu entrevista ao Jornal CORREIO, na qual confessou ter matado a vítima e alegando ter se sentido ameaçado. “Ele estava me rodeando, ele e outro. Eu senti a maldade neles, eles queriam me pegar, mas aí eu furei ele”.  Quando estava sendo apresentado na Delegacia de Polícia Civil, ao ser informado que o desafeto havia morrido, Erivelto não se mostrou abalado. “Se ele morreu eu lamento”, disse.

Contou que havia chegado em Marabá poucos dias antes do crime e detalhou o crime. “Eu dei umas três facadas na barriga dele. Fiz com a intenção de matar mesmo e parei de esfaquear porque a faca amassou”, disse. O réu informou que possuía passagens criminais por roubo, furto e tentativa de homicídio. Disse, ainda, que já matou antes, mas que não respondeu pelo crime e nem quis falar mais sobre o ocorrido.

De acordo com o processo, durante o interrogatório judicial, o réu se resguardou o direito de ficar em silêncio, entretanto, quando interrogado na delegacia, disse, em síntese, que Neguinho teria lhe ameaçado de morte, em razão de uma rixa existente ente entre ambos, motivo pelo qual, apoderou-se de uma faca e desferiu os golpes. (Luciana Marschall)

O que era para ser um passeio de alguns dias por Marabá, se tornou uma estadia de meses no presídio e agora, possivelmente, de anos para Erivelto Bertulino da Silva, de 37 anos. Natural de Maceió, capital de Alagoas, ele foi condenado há 12 anos de reclusão, na manhã de hoje, quinta-feira (9), acusado de assassinar um morador de rua identificado apenas como “Neguinho”, em agosto do ano passado.

De acordo com a denúncia, no dia 21 daquele mês, por volta das 16 horas, a vítima estava sentada em um banco do Terminal Rodoviário Miguel Pernambuco, no Quilômetro Seis, quando o réu se aproximou sorrateiramente e desferiu duas facadas nela. Em seguida, Erivelto correu levando consigo a faca utilizada no crime.

Durante a tentativa de fuga, no entanto, ele foi abordado por um guarda municipal e acabou confessando o crime. Neguinho chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Regional do Sudeste do Pará, mas não resistiu aos ferimentos. Erivelto acabou encaminhado à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por homicídio.

A Defensoria Pública pediu a absolvição do acusado por considerar ausência de provas da morte da vítima, sobretudo por não constar no laudo necroscópico o nome ou o mesmo apelido da pessoa. Segundo o defensor Allysson Castro, que atuou no caso, também foi requerido o afastamento da qualificadora da surpresa, pois, conforme os depoimentos das testemunhas, a vítima foi atingida na parte da frente do corpo, não sendo, portanto, atingida de forma sorrateira e inesperada.

O defensor informou ao Correio de Carajás que diante da condenação imposta, a Defensoria Pública já recorreu da decisão pedindo a anulação do júri, por entender que a decisão dos jurados foi contrária às provas dos autos, tendo em vista a ausência de identificação da vítima no laudo necroscópico.

DETALHES

À época em que foi preso, Erivelto concedeu entrevista ao Jornal CORREIO, na qual confessou ter matado a vítima e alegando ter se sentido ameaçado. “Ele estava me rodeando, ele e outro. Eu senti a maldade neles, eles queriam me pegar, mas aí eu furei ele”.  Quando estava sendo apresentado na Delegacia de Polícia Civil, ao ser informado que o desafeto havia morrido, Erivelto não se mostrou abalado. “Se ele morreu eu lamento”, disse.

Contou que havia chegado em Marabá poucos dias antes do crime e detalhou o crime. “Eu dei umas três facadas na barriga dele. Fiz com a intenção de matar mesmo e parei de esfaquear porque a faca amassou”, disse. O réu informou que possuía passagens criminais por roubo, furto e tentativa de homicídio. Disse, ainda, que já matou antes, mas que não respondeu pelo crime e nem quis falar mais sobre o ocorrido.

De acordo com o processo, durante o interrogatório judicial, o réu se resguardou o direito de ficar em silêncio, entretanto, quando interrogado na delegacia, disse, em síntese, que Neguinho teria lhe ameaçado de morte, em razão de uma rixa existente ente entre ambos, motivo pelo qual, apoderou-se de uma faca e desferiu os golpes. (Luciana Marschall)