Correio de Carajás

Imóveis em Marabá: tendência é manutenção de aluguéis

Com um mercado imobiliário que segue o panorama nacional, com reflexos da crise econômica e maior oferta que a procura, a tendência é que em Marabá os locatários mantenham os valores já praticados de aluguéis, embora os contratos prevejam reajustes anuais. Essa postura também tem a ver com o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), que baliza os preços praticados no mercado e vem pontuando negativamente.

Aqui na cidade, é possível encontrar muitas casas, apartamentos e lojas em vários bairros com placas de aluguel ou de venda, alguns deles nessa condição há mais de ano, até mesmo em pontos sempre considerados nobres, como a Av. Antônio Maia, na Marabá Pioneira e no centro comercial da Cidade Nova. Apesar disso, o mercado local já apresenta reação, segundo profissionais da área.

Delegada e conselheira do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 12ª Região, PA/AP), a corretora Mércia Espíndola estima que a retração no ramo da locação foi de 40% no município, tendo como consequência a demora no aluguel de casas e apartamentos. “A pessoa que fazia uma locação no período de 30 a 60 dias, demorou seis meses para alugar”, acrescentando que muita gente só conseguiu um inquilino, porque abaixou o preço do imóvel. 

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Segundo ela, muitos proprietários não entendem que houve queda no mercado e que é necessário saber negociar, ou até, diminuir o preço do aluguel. “O imóvel que você alugava por R$1 mil, se você não abaixou para R$700, está fechado. E se for um prédio residencial que tem taxa condominial, você tem um prejuízo maior, porque tem pagar por ela. Então, a gente sempre orienta, como profissionais e técnicos da área, para reduzir e alugar, fazendo um contrato de seis meses, depois mais outro, mas não vamos deixar o imóvel parado”, alerta.

Mércia diz que quando a propriedade fica fechada por muito tempo, acaba perdendo valor de mercado, porque começa a ter problemas estruturais, o que pode gerar mais prejuízos para o dono. “Porque quando você for alugar, vai ter que fazer uma reforma”. No caso da venda de terrenos e imóveis, ela diz que a diminuição de financiamentos foi o problema desse setor, lembrando ainda que Marabá também tem um grande problema com a documentação das terras, já que muitas não são regularizadas. “Cerca de 80% dos imóveis não são regularizados e aptos para financiamento”.

Embora o ano de 2017 não tenha sido de crescimento para o mercado imobiliário, Espíndola afirma que no mês de novembro foi perceptível uma melhora. “As empresas que estão vindo para Marabá precisam de casa, galpões e de novembro para cá, o mercado na área de locação tem reagido. E a expectativa para 2018 é que volte ao normal”, revelou, dizendo que as vendas devem crescer apenas em fevereiro do próximo ano.

Índices que balizam valor de imóveis no mercado

O IGP-M é um índice divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, que no acumulado do ano manteve a trajetória negativa dos meses anteriores e ficou em -0,52%. Porém, apresentou melhora neste mês de dezembro e subiu 0,89%. No entanto, ele não é o único indicativo que norteia a correção de preços do mercado imobiliário. Existe ainda o INCC (Índice Nacional de Construção Civil), que não teve um desempenho muito bom ao longo de 2017. (Nathália Viegas)

Com um mercado imobiliário que segue o panorama nacional, com reflexos da crise econômica e maior oferta que a procura, a tendência é que em Marabá os locatários mantenham os valores já praticados de aluguéis, embora os contratos prevejam reajustes anuais. Essa postura também tem a ver com o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), que baliza os preços praticados no mercado e vem pontuando negativamente.

Aqui na cidade, é possível encontrar muitas casas, apartamentos e lojas em vários bairros com placas de aluguel ou de venda, alguns deles nessa condição há mais de ano, até mesmo em pontos sempre considerados nobres, como a Av. Antônio Maia, na Marabá Pioneira e no centro comercial da Cidade Nova. Apesar disso, o mercado local já apresenta reação, segundo profissionais da área.

Delegada e conselheira do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 12ª Região, PA/AP), a corretora Mércia Espíndola estima que a retração no ramo da locação foi de 40% no município, tendo como consequência a demora no aluguel de casas e apartamentos. “A pessoa que fazia uma locação no período de 30 a 60 dias, demorou seis meses para alugar”, acrescentando que muita gente só conseguiu um inquilino, porque abaixou o preço do imóvel. 

Segundo ela, muitos proprietários não entendem que houve queda no mercado e que é necessário saber negociar, ou até, diminuir o preço do aluguel. “O imóvel que você alugava por R$1 mil, se você não abaixou para R$700, está fechado. E se for um prédio residencial que tem taxa condominial, você tem um prejuízo maior, porque tem pagar por ela. Então, a gente sempre orienta, como profissionais e técnicos da área, para reduzir e alugar, fazendo um contrato de seis meses, depois mais outro, mas não vamos deixar o imóvel parado”, alerta.

Mércia diz que quando a propriedade fica fechada por muito tempo, acaba perdendo valor de mercado, porque começa a ter problemas estruturais, o que pode gerar mais prejuízos para o dono. “Porque quando você for alugar, vai ter que fazer uma reforma”. No caso da venda de terrenos e imóveis, ela diz que a diminuição de financiamentos foi o problema desse setor, lembrando ainda que Marabá também tem um grande problema com a documentação das terras, já que muitas não são regularizadas. “Cerca de 80% dos imóveis não são regularizados e aptos para financiamento”.

Embora o ano de 2017 não tenha sido de crescimento para o mercado imobiliário, Espíndola afirma que no mês de novembro foi perceptível uma melhora. “As empresas que estão vindo para Marabá precisam de casa, galpões e de novembro para cá, o mercado na área de locação tem reagido. E a expectativa para 2018 é que volte ao normal”, revelou, dizendo que as vendas devem crescer apenas em fevereiro do próximo ano.

Índices que balizam valor de imóveis no mercado

O IGP-M é um índice divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, que no acumulado do ano manteve a trajetória negativa dos meses anteriores e ficou em -0,52%. Porém, apresentou melhora neste mês de dezembro e subiu 0,89%. No entanto, ele não é o único indicativo que norteia a correção de preços do mercado imobiliário. Existe ainda o INCC (Índice Nacional de Construção Civil), que não teve um desempenho muito bom ao longo de 2017. (Nathália Viegas)