Correio de Carajás

Ciclismo transforma Oldair em campeão

Em 2009, Oldair Rodrigues do Nascimento, preocupado com a saúde – pois pesava 126 – começou a praticar montain bike para sair da obesidade. Mais de oito anos depois se tornou campeão estadual na categoria máster, com competidores entre 40 a 49 anos.

Oldair vem participando de competições há quatro anos e em 2017 o atleta participou de 4 etapas, uma em Capanema e outras três em Marituba, e a última encerrou dia 17 de dezembro. O ciclista marabaense defende as cores do Clube Amazônia de Ciclismo, sediado em Belém.

As competições disputadas este ano no Estado servem para os melhores ranqueados disputarem o Rally Cerapió, prova realizada no Nordeste que reúne competidores de todo o País. A categoria bikes estreou no Rally Piocerá em 2001 e desde então só cresce em número de participantes, que percorrem quase 300 quilômetros de trilhas desde a largada em Teresina (PI) até a chegada em Caucaia (CE).

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Oldair figura como um dos melhores, pois esteve em quarto colocado em 2015 e em 2016, na prova e no ranking nacional, figura como o 37º na categoria. Isso porque ele não trata o ciclismo como profissional, pois para ele a bike não é uma fonte de renda e sim de saúde. O competidor participou também do Brasile Ride, prova considerada a segunda mais difícil do mundo, onde sua boa colocação somou preciosos pontos para subir no ranking.

Rodrigues lembra dos perrengues que passou nas provas em Capanema e Marituba, regiões com fortes incidências de chuvas, em um circuito curto e de explosão, onde por algumas vezes teve que descer e empurrar sua bike para transpor os obstáculos. Mas mesmo com as dificuldades e não sendo sua especialidade, pois prefere as provas mais longas, o atleta conseguiu ser campeão.

Rodrigues explica que cada etapa vencida soma 15 pontos no ranking, sendo que na última etapa, disputada em Marituba, a pontuação sobe para 30 pontos. “Nas provas, graças a Deus, dei sorte. Somei 60 pontos e sai como campeão”, celebra Oldair.

Perguntado sobre os valores das premiações, o marabaense até rir, pois as premiações em dinheiro são irrisórias, devido ao pouco investimento nesse esporte. Tanto é que, eram para ser realizadas seis etapas este ano e foram reduzidas a quatro.

Oldair esclarece, que tirando o futebol, os outros esportes são esquecidos pelo poder público. No caso dele, mesmo levando a bandeira do município e do Estado, o dinheiro de locomoção, alimentação, inscrição e outras coisas mais, são tirados do próprio bolso. As dificuldades não param por aí, até mesmo na hora de dá uma ajeitada na bike as coisas complicam, pois Marabá não dispõe de locais especializados que trabalhem com esses equipamentos, que são muito caros.

“No ciclismo, sai da obesidade, me tornei um atleta, quero que minha história de superação inspire outras pessoas, que assim como eu, querem uma vida mais saudável”, finaliza.

(Márcio Aquino)

Em 2009, Oldair Rodrigues do Nascimento, preocupado com a saúde – pois pesava 126 – começou a praticar montain bike para sair da obesidade. Mais de oito anos depois se tornou campeão estadual na categoria máster, com competidores entre 40 a 49 anos.

Oldair vem participando de competições há quatro anos e em 2017 o atleta participou de 4 etapas, uma em Capanema e outras três em Marituba, e a última encerrou dia 17 de dezembro. O ciclista marabaense defende as cores do Clube Amazônia de Ciclismo, sediado em Belém.

As competições disputadas este ano no Estado servem para os melhores ranqueados disputarem o Rally Cerapió, prova realizada no Nordeste que reúne competidores de todo o País. A categoria bikes estreou no Rally Piocerá em 2001 e desde então só cresce em número de participantes, que percorrem quase 300 quilômetros de trilhas desde a largada em Teresina (PI) até a chegada em Caucaia (CE).

Oldair figura como um dos melhores, pois esteve em quarto colocado em 2015 e em 2016, na prova e no ranking nacional, figura como o 37º na categoria. Isso porque ele não trata o ciclismo como profissional, pois para ele a bike não é uma fonte de renda e sim de saúde. O competidor participou também do Brasile Ride, prova considerada a segunda mais difícil do mundo, onde sua boa colocação somou preciosos pontos para subir no ranking.

Rodrigues lembra dos perrengues que passou nas provas em Capanema e Marituba, regiões com fortes incidências de chuvas, em um circuito curto e de explosão, onde por algumas vezes teve que descer e empurrar sua bike para transpor os obstáculos. Mas mesmo com as dificuldades e não sendo sua especialidade, pois prefere as provas mais longas, o atleta conseguiu ser campeão.

Rodrigues explica que cada etapa vencida soma 15 pontos no ranking, sendo que na última etapa, disputada em Marituba, a pontuação sobe para 30 pontos. “Nas provas, graças a Deus, dei sorte. Somei 60 pontos e sai como campeão”, celebra Oldair.

Perguntado sobre os valores das premiações, o marabaense até rir, pois as premiações em dinheiro são irrisórias, devido ao pouco investimento nesse esporte. Tanto é que, eram para ser realizadas seis etapas este ano e foram reduzidas a quatro.

Oldair esclarece, que tirando o futebol, os outros esportes são esquecidos pelo poder público. No caso dele, mesmo levando a bandeira do município e do Estado, o dinheiro de locomoção, alimentação, inscrição e outras coisas mais, são tirados do próprio bolso. As dificuldades não param por aí, até mesmo na hora de dá uma ajeitada na bike as coisas complicam, pois Marabá não dispõe de locais especializados que trabalhem com esses equipamentos, que são muito caros.

“No ciclismo, sai da obesidade, me tornei um atleta, quero que minha história de superação inspire outras pessoas, que assim como eu, querem uma vida mais saudável”, finaliza.

(Márcio Aquino)