Correio de Carajás

Agente da GMM tem nova preventiva decretada

Preso desde o dia 16 do último mês, acusado de ter participação em tortura, estupro e extorsão contra dois homens e uma mulher, que acabou assassinada poucos dias depois, o agente Rômulo Passos Soares, da Guarda Municipal de Marabá (GMM), teve decretada contra si mais uma prisão preventiva na última quarta-feira (1º). A decisão da juíza Renata Guerreiro Milhomem de Souza, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Marabá, é referente a outro processo – este de 2014 – no qual ele também é acusado de tortura junto com outros cinco servidores.

Neste caso a representação foi formulada pelo Ministério Público do Estado do Pará com base em ele estar sendo acusado de ter reiterado o crime, “havendo sérios riscos à manutenção da ordem pública ante a reiteração delitiva do réu, o qual foi preso acusado de novamente praticar o delito de tortura qualificada, além de extorsão qualificada e estupro no dia 9/10/2017”, diz o pedido.

Conforme a denúncia, em 2013 um adolescente estava em companhia de outros três colegas em frente a uma casa quando um veículo parou e os agentes desceram, dentre eles Rômulo Passos. Os servidores passaram a acusar a vítima de ter furtado um aparelho celular e revistaram os quatro adolescentes, além de terem passado a agredir a vítima. De lá, afirma a denúncia, a vítima foi levada para o prédio onde funcionava o comando da GMM, onde passou a ser torturada.

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O Ministério Público destacou a prisão do agente – decretada no dia 14 de outubro pelo juízo plantonista da Comarca de Marabá – em relação aos crimes ocorridos no dia 9 do mesmo mês e o homicídio de uma das vítimas, também no dia 14, que pode ter sido praticado por grupo de extermínio ligado ao envolvido.

A magistrada deferiu o pedido por considerar que, além de existir prova da materialidade do crime e indícios fortes de autoria, a providência também se mostra justificável para garantir a ordem pública.

RELEMBRE

No último mês, conforme divulgou o CORREIO, o guarda foi acusado de por vários crimes contra três pessoas. Uma das vítimas, Naiara Vieira Ribeiro, de 25 anos, foi encontrada morta por disparos de arma de fogo cinco dias depois da denúncia. As vítimas relataram que no dia 9 de outubro, ela e dois amigos foram abordados por três homens, sendo dois fardados da guardas municipais, e colocados em automóvel.

Em seguida foram levados para um matagal no Bairro Cidade Jardim, onde foram torturados com utilização de armas de choque e sofreram golpes e pauladas, tiveram pertences e dinheiro subtraídos, roupas queimadas e, por fim, foram obrigadas a praticarem sexo entre si. Naiara ainda foi violada por um dos criminosos. Os três foram ameaçados com utilização de armas de fogo – revólver e pistola – e ouviram que caso houvesse denúncia, tanto eles quanto os familiares deles morreriam.

Na época da prisão, o advogado Odilon Vieira Neto, que acompanha o caso, informou ter conversado com o Guarda Municipal e que este negou as acusações. “Ele afirma que não cometeu delito algum e é inocente”, declarou Vieira.

(Luciana Marschall)

Preso desde o dia 16 do último mês, acusado de ter participação em tortura, estupro e extorsão contra dois homens e uma mulher, que acabou assassinada poucos dias depois, o agente Rômulo Passos Soares, da Guarda Municipal de Marabá (GMM), teve decretada contra si mais uma prisão preventiva na última quarta-feira (1º). A decisão da juíza Renata Guerreiro Milhomem de Souza, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Marabá, é referente a outro processo – este de 2014 – no qual ele também é acusado de tortura junto com outros cinco servidores.

Neste caso a representação foi formulada pelo Ministério Público do Estado do Pará com base em ele estar sendo acusado de ter reiterado o crime, “havendo sérios riscos à manutenção da ordem pública ante a reiteração delitiva do réu, o qual foi preso acusado de novamente praticar o delito de tortura qualificada, além de extorsão qualificada e estupro no dia 9/10/2017”, diz o pedido.

Conforme a denúncia, em 2013 um adolescente estava em companhia de outros três colegas em frente a uma casa quando um veículo parou e os agentes desceram, dentre eles Rômulo Passos. Os servidores passaram a acusar a vítima de ter furtado um aparelho celular e revistaram os quatro adolescentes, além de terem passado a agredir a vítima. De lá, afirma a denúncia, a vítima foi levada para o prédio onde funcionava o comando da GMM, onde passou a ser torturada.

O Ministério Público destacou a prisão do agente – decretada no dia 14 de outubro pelo juízo plantonista da Comarca de Marabá – em relação aos crimes ocorridos no dia 9 do mesmo mês e o homicídio de uma das vítimas, também no dia 14, que pode ter sido praticado por grupo de extermínio ligado ao envolvido.

A magistrada deferiu o pedido por considerar que, além de existir prova da materialidade do crime e indícios fortes de autoria, a providência também se mostra justificável para garantir a ordem pública.

RELEMBRE

No último mês, conforme divulgou o CORREIO, o guarda foi acusado de por vários crimes contra três pessoas. Uma das vítimas, Naiara Vieira Ribeiro, de 25 anos, foi encontrada morta por disparos de arma de fogo cinco dias depois da denúncia. As vítimas relataram que no dia 9 de outubro, ela e dois amigos foram abordados por três homens, sendo dois fardados da guardas municipais, e colocados em automóvel.

Em seguida foram levados para um matagal no Bairro Cidade Jardim, onde foram torturados com utilização de armas de choque e sofreram golpes e pauladas, tiveram pertences e dinheiro subtraídos, roupas queimadas e, por fim, foram obrigadas a praticarem sexo entre si. Naiara ainda foi violada por um dos criminosos. Os três foram ameaçados com utilização de armas de fogo – revólver e pistola – e ouviram que caso houvesse denúncia, tanto eles quanto os familiares deles morreriam.

Na época da prisão, o advogado Odilon Vieira Neto, que acompanha o caso, informou ter conversado com o Guarda Municipal e que este negou as acusações. “Ele afirma que não cometeu delito algum e é inocente”, declarou Vieira.

(Luciana Marschall)