Correio de Carajás

FEMINICÍDIO: Audiência do caso Andreia acontece no próximo mês

Luciana Marschall

Sete meses após as prisões dos três acusados do brutal crime contra Andreia do Nascimento Brigido, de 30 anos, ocorrido em dezembro passado, os acusados e as testemunhas do caso irão prestar depoimento em audiência no próximo dia 14 (sexta), no Salão do Júri, no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá.

O processo tramita na 3ª Vara Criminal, mas a audiência será realizada no Salão do Júri em decorrência do grande número de testemunhas arroladas no caso: 27, ao todo. São 13 testemunhas de acusação e 14 de defesa.

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No dia 5 de janeiro a Polícia Civil realizou a prisão de Jurivam, último apontado pela morte da jovem, ocorrida em 17 de dezembro. Ao finalizar as investigações, o Departamento de Homicídios, por meio da delegada Raíssa Beleboni, concedeu entrevista coletiva fornecendo detalhes

Jurivam foi apontado como um dos envolvidos por João Batista Ferreira da Silva, primeiro a ser preso – em 23 de dezembro. João confessou o crime e também denunciou o marido da vítima, Jonair Souza França, preso no dia 25 do mesmo mês. Ele foi casado com Andreia durante 15 anos e, conforme as investigações, praticou o crime por ciúmes.

Jonair foi quem comunicou à Polícia Civil o desaparecimento da companheira, no dia 17 de dezembro. Na ocasião, relatou que a mulher teria ido ver um conjunto de quitinetes na Folha 12, junto de uma pessoa que ele identificou como Tiago, não retornando para casa.

Dois dias depois, no dia 19, suspeitos foram apresentados na delegacia após serem encontrados em posse da moto da mulher desaparecida. Eles foram liberados após comprovarem que haviam adquirido o veículo, mas sem identificação do vendedor.

No dia 20 a Polícia Civil foi informada que um crânio tinha sido encontrado na Folha 11 e imagens de câmeras de segurança que já haviam sido recolhidas foram analisadas, levando ao rosto do primeiro suspeito.

No dia 21 foi constatado que o crânio de fato era de Andreia. A identificação se deu por meio de um prendedor de cabelo encontrado junto da ossada que foi reconhecido por familiares. Na mesma data a Polícia Civil foi à casa de Jonair fazer buscas e encontrou cartas de amor endereçadas à Andreia, mas que não eram de autoria do marido.

No dia 23 os policiais chegaram à João Batista, suspeito de ter feito a a transação da motocicleta da vítima. Nas imediações da casa dele foi encontrado parte do documento de identificação da vítima, que havia sido queimado. Dentro da residência dele foi detectada grande quantidade de manchas de sangue.

A princípio, ele alegou ter sido obrigado por duas pessoas não identificadas a fazer a ocultação dos fragmentos do corpo de Andreia e indicou dois dos locais onde eles poderiam ser encontrados.  A polícia então recolheu sacos plásticos contendo restos mortais da vítima em um terreno abandonado na Folha 17 e no lixão localizado na Rodovia BR-230.

Ao ser levado à delegacia, João acabou confessando e relatando detalhes do crime à Polícia Civil. Na noite do dia 25 foi cumprida a prisão preventiva contra o marido da vítima, acusado de ser o mandante.

CONFESSO

Em depoimento, João relatou ter se aproximado da mulher por meio do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, se fazendo passar por duas pessoas: um personagem masculino que batizou de Tiago e um feminino que chamou de Eliane. A partir disso, a convenceu a tomar conta de algumas quitinetes e a convidou para conhecê-las, atraindo a mulher para o local do crime.  

No local, ele afirma que Andreia foi assassinada por ele em parceria com Jurivam e que o segundo teria golpeado a mulher. Ele também teria sido o responsável pelo esquartejamento e ocultação do corpo em sacos. A partir disso, João confirma ter espalhado as partes do corpo da mulher pela cidade.

Relatou, ainda, ter sido contratado pelo marido da vítima e então ter contratado Jurivam para ajudar. As investigações apontaram, ainda, que João Batista receberia R$ 5 mil pelo assassinato, onde já estava incluso o valor da motocicleta da vítima, que foi vendida por ele. Deste valor, ele teria pago R$ 500 para Jurivam no dia do crime e entregaria outros R$ 1 mil quando recebesse o restante, em janeiro, das mãos de Jonair.

Por fim, a investigação apontou que o crime começou a ser planejado na primeira semana de dezembro quando João Batista e Jonair se encontraram ocasionalmente e se aproximaram. Nesta ocasião, Jonair teria afirmado para João Batista que a mulher estava mantendo relacionamentos extraconjugais.  Jonair e Jurivam negam as acusações.

 

 

 

 

 

 

 

 

Luciana Marschall

Sete meses após as prisões dos três acusados do brutal crime contra Andreia do Nascimento Brigido, de 30 anos, ocorrido em dezembro passado, os acusados e as testemunhas do caso irão prestar depoimento em audiência no próximo dia 14 (sexta), no Salão do Júri, no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá.

O processo tramita na 3ª Vara Criminal, mas a audiência será realizada no Salão do Júri em decorrência do grande número de testemunhas arroladas no caso: 27, ao todo. São 13 testemunhas de acusação e 14 de defesa.

No dia 5 de janeiro a Polícia Civil realizou a prisão de Jurivam, último apontado pela morte da jovem, ocorrida em 17 de dezembro. Ao finalizar as investigações, o Departamento de Homicídios, por meio da delegada Raíssa Beleboni, concedeu entrevista coletiva fornecendo detalhes

Jurivam foi apontado como um dos envolvidos por João Batista Ferreira da Silva, primeiro a ser preso – em 23 de dezembro. João confessou o crime e também denunciou o marido da vítima, Jonair Souza França, preso no dia 25 do mesmo mês. Ele foi casado com Andreia durante 15 anos e, conforme as investigações, praticou o crime por ciúmes.

Jonair foi quem comunicou à Polícia Civil o desaparecimento da companheira, no dia 17 de dezembro. Na ocasião, relatou que a mulher teria ido ver um conjunto de quitinetes na Folha 12, junto de uma pessoa que ele identificou como Tiago, não retornando para casa.

Dois dias depois, no dia 19, suspeitos foram apresentados na delegacia após serem encontrados em posse da moto da mulher desaparecida. Eles foram liberados após comprovarem que haviam adquirido o veículo, mas sem identificação do vendedor.

No dia 20 a Polícia Civil foi informada que um crânio tinha sido encontrado na Folha 11 e imagens de câmeras de segurança que já haviam sido recolhidas foram analisadas, levando ao rosto do primeiro suspeito.

No dia 21 foi constatado que o crânio de fato era de Andreia. A identificação se deu por meio de um prendedor de cabelo encontrado junto da ossada que foi reconhecido por familiares. Na mesma data a Polícia Civil foi à casa de Jonair fazer buscas e encontrou cartas de amor endereçadas à Andreia, mas que não eram de autoria do marido.

No dia 23 os policiais chegaram à João Batista, suspeito de ter feito a a transação da motocicleta da vítima. Nas imediações da casa dele foi encontrado parte do documento de identificação da vítima, que havia sido queimado. Dentro da residência dele foi detectada grande quantidade de manchas de sangue.

A princípio, ele alegou ter sido obrigado por duas pessoas não identificadas a fazer a ocultação dos fragmentos do corpo de Andreia e indicou dois dos locais onde eles poderiam ser encontrados.  A polícia então recolheu sacos plásticos contendo restos mortais da vítima em um terreno abandonado na Folha 17 e no lixão localizado na Rodovia BR-230.

Ao ser levado à delegacia, João acabou confessando e relatando detalhes do crime à Polícia Civil. Na noite do dia 25 foi cumprida a prisão preventiva contra o marido da vítima, acusado de ser o mandante.

CONFESSO

Em depoimento, João relatou ter se aproximado da mulher por meio do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, se fazendo passar por duas pessoas: um personagem masculino que batizou de Tiago e um feminino que chamou de Eliane. A partir disso, a convenceu a tomar conta de algumas quitinetes e a convidou para conhecê-las, atraindo a mulher para o local do crime.  

No local, ele afirma que Andreia foi assassinada por ele em parceria com Jurivam e que o segundo teria golpeado a mulher. Ele também teria sido o responsável pelo esquartejamento e ocultação do corpo em sacos. A partir disso, João confirma ter espalhado as partes do corpo da mulher pela cidade.

Relatou, ainda, ter sido contratado pelo marido da vítima e então ter contratado Jurivam para ajudar. As investigações apontaram, ainda, que João Batista receberia R$ 5 mil pelo assassinato, onde já estava incluso o valor da motocicleta da vítima, que foi vendida por ele. Deste valor, ele teria pago R$ 500 para Jurivam no dia do crime e entregaria outros R$ 1 mil quando recebesse o restante, em janeiro, das mãos de Jonair.

Por fim, a investigação apontou que o crime começou a ser planejado na primeira semana de dezembro quando João Batista e Jonair se encontraram ocasionalmente e se aproximaram. Nesta ocasião, Jonair teria afirmado para João Batista que a mulher estava mantendo relacionamentos extraconjugais.  Jonair e Jurivam negam as acusações.